A palavra se faz vida

 

Terça-feira – 01.09.20

Evangelho: Lc 4,31-37

 

Depois de uma passagem frustrante por sua terra, Nazaré, em que é rejeitado por seus conterrâneos, Jesus vive experiência totalmente diferente em Cafarnaum. É bem acolhido pelo povo que admira seus ensinamentos e reconhece a autoridade com que ensina. Quem de nós nunca viveu experiência semelhante – ser desprezado por uns e bem acolhido por outros?! Até nisso Jesus se assemelhou a nós!

Na sinagoga de Cafarnaum, Jesus revela sua identidade divina ao libertar um homem do espírito impuro. Só Deus tem poder sobre tais espíritos, personificação do mal. Chama atenção o fato de o espírito impuro revelar a identidade de Jesus: “Eu sei quem tu és: és o Santo de Deus” (Lc 4,34). Parece uma resposta aos nazarenos que, anteriormente, rejeitaram Jesus e o ameaçaram de morte.

A autoridade e o poder de Jesus sobre o mal são imediatamente reconhecidos por seus interlocutores: “Ele manda nos espíritos impuros com autoridade e poder, e eles saem” (Lc 4,36). Devemos nos perguntar, cotidianamente, quais são os espíritos impuros que tentam se apossar de nosso coração e invocar a força do Cristo que vem em nosso socorro para nos libertar tal como fez com o homem curado na sinagoga de Cafarnaum.

Os espíritos impuros, hoje, manifestam-se nas estruturas de morte e de injustiça que trazem sofrimento a tantos irmãos e irmãs, vítimas da violência, da pobreza e da miséria. O pecado da omissão, da indiferença, do preconceito e da discriminação são também manifestações do espírito do mal que, muitas vezes, insiste em aninhar-se em nosso coração.

Se acolhemos a Jesus como nosso Deus salvador, Ele nos liberta de todos esses males, nos agracia com uma vida nova e nos fortalece para testemunha a todos o amor misericordioso do Pai a quem rezamos: Deus de amor e de bondade, Vós nos destes vosso Filho Jesus que vem ao nosso encontro para nos libertar do pecado e de todo mal, fazei que, purificados por sua graça, nos empenhemos em construir uma sociedade justa, fraterna e igualitária, prenúncio do vosso Reino. Amém!