Detalhes de uma visita

Visitação de Nossa Senhora – Festa

31 de maio

 

Leituras:

Sf 3,14-18 ou Rm 12,9-16b

Cânt.: Is 12,2-3.4bcd.5-6

Lc 1,39-56

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins

Instituída pelo Papa Urbano VI, em 1389, a festa da visitação de Nossa Senhora teve início com os franciscanos em 1263 e era celebrada no dia 2 de julho. Com a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, passou para 31 de maio, último dia do mês dedicado a Maria.

Na visita de Maria a Isabel, há muitos detalhes que chamam nossa atenção. Destacamos quatro deles que nos ajudam a compreender a beleza desta cena. O primeiro detalhe é a pressa com que Maria vai ao encontro de Isabel. Pressentindo a necessidade daquela anciã agraciada com a maternidade, Maria parte ligeira para sua casa a fim de lhe prestar ajuda. Lição para muitos de nós que, diante da premente necessidade dos irmãos e irmãs, retardamos nossa ida ao seu encontro sob muitas desculpas.

O segundo detalhe é que Isabel fica cheia do Espírito Santo quando é saudada pela virgem Maria. É esse Espírito que faz Isabel reconhecer aquela jovem como bem aventurada por ter acreditado na palavra do Senhor. Aprendemos aqui que, no encontro com Maria, temos sempre a oportunidade de nos encher do Espírito Santo que a guia e a cobre com sua sombra.

A alegria de João Batista no ventre de Isabel é o terceiro detalhe desse encontro de amor e de vida entre duas gestantes. Compreendemos, assim, que em Maria encontramos sempre a razão de nossa alegria. Trazendo-nos o Salvador, ela nos comunica que somente em Jesus encontramos a verdadeira alegria.

O cântico de Maria, em resposta às palavras de Isabel, quarto detalhe, revela sua consciência do quanto é protegida por Deus e, mais que isso, aponta como Deus cumpre suas promessas em favor dos empobrecidos e marginalizados, libertando-os de tudo que os oprime e exclui.

Lembra o Papa Francisco que na casa de Isabel “a vinda de Jesus através de Maria criou um clima não só de alegria e de comunhão fraterna mas também de fé que leva à esperança, à oração e ao louvor”. Como seria bom se, como Maria, as visitas que fazemos aos outros levassem esses mesmos valores que fazem toda a diferença na nossa vida.

O caminho para isso é seguir os conselhos de São Paulo na Carta aos Romanos e nos esforçar para sermos zelosos, diligentes, alegres na esperança, perseverantes na oração, hospitaleiros e humildes (cf. Rm 12,9-16).

Ó Maria, visita também a nós a fim de que, tomados pelo Espírito Santo, saibamos reconhecer a graça que Deus operou em ti e acolher com alegria teu divino Filho que vem para nos libertar. Amém!