Em tudo, o amor!

Quarta-feira da 24ª Semana do Tempo Comum

18 de setembro

 

Leituras

1Cor 12,31-13,13

Sl 32(33)

Lc 7,31-35

(Acesse aqui)

Por Pe. Geraldo Martins

Esta página de São Paulo, conhecida como Hino ao Amor ou à Caridade, nos provoca a compreender a caridade-amor na sua dimensão mais profunda. Nada do que fizermos terá sentido se não nascer e tender para o amor. É o maior de todos os dons. Sem o amor, a gente não seria nada, isto é, não existiria (cf. 1Cor 13,2).

O apóstolo descreve a caridade-amor com que quinze características. Primeiro, diz o que é ela é: paciente e benigna. Em seguida, diz o que ela não é: não é invejosa, nem vaidosa, não se ensoberbece; não faz nada de inconveniente, não é interesseira, não se encoleriza, não guarda rancor; não se alegra com a iniquidade. Por fim, mostra como ela age: regozija-se com a verdade; suporta tudo, crê tudo, espera tudo, desculpa tudo (cf. 1Cor 13,4-7). É assim a caridade que praticamos?

Bento XVI diz que “este hino deve ser a Magna Carta de todo o serviço eclesial”. Ele lembra que a "ação prática resulta insuficiente se não for palpável nela o amor pelo homem, um amor que se nutre do encontro com Cristo. A íntima participação pessoal nas necessidades e no sofrimento do outro torna-se assim um dar-se-lhe a mim mesmo: para que o dom não humilhe o outro, devo não apenas dar-lhe qualquer coisa minha, mas dar-me a mim mesmo, devo estar presente no dom como pessoa” (DCE 34). Tenho praticado o amor nesse nível?

No evangelho, Jesus revela que nada agrada aos que têm um coração endurecido e indisposto a acolher aquilo que não for de acordo com o que desejam. Trata-se de pessoas fechadas em sua própria verdade, incapazes de reconhecer os sinais de Deus. Por isso, Jesus vai dizer que a geração de seu tempo se parece com crianças birrentas a quem nada agrada; têm sempre uma desculpa para não entrar na brincadeira. Não acolheram João Batista, o precursor, nem a Cristo, o Messias, sob justificativas que revelam sua indisposição para com os planos de Deus.

Devemos nos perguntar se, em algum momento, também não temos atitudes semelhantes às dos conterrâneos de Jesus. Afinal, quantas vezes nos rebelamos e queremos fazer as coisas do nosso jeito, adaptando o evangelho e as orientações da Igreja ao nosso gosto, quando deveríamos seguir a trilha da conversão.

Poderíamos, então, nos perguntar, de que lado estamos: dos ‘filhos da sabedoria’, ou das crianças birrentas que ficam gritando na praça?

Ó Pai, converte-nos e torna-nos autênticos discípulos de teu filho. Enche nosso coração com teu amor a fim de revestirmos todas as nossas ações com tua caridade. Amém!

Comentários

  1. O amor é superior a todos os dons, pois é o próprio Cristo no meio de nós que nos chama à comunhão com Ele, e é preciso esforço para sermos bons.

    Não acolher a pessoa de Jesus, sua palavra, seu ensinamento, é recusar o amor, tão claro, tão compreensível e tão presente em nosso meio.


    Senhor, nos converte e nos faz filhos autêntico seu. Amém

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  2. Senhor , peço perdão pelas vezes que não fui capaz de amar minhas Irmãs afastando do grupo por não sentir digna de estar com o coração cheio de perdão e amor.

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