A força da oração

Quinta-feira da 1ª Semana da Quaresma

13 de março de 2025


Leituras:

Est 4,17n.p-r.aa-bb.gg-hh

Sl 137(138),1-2a.2bc-3.7c-8 (R. 3a)

Mt 7,7-12

(Acesse aqui)


Por Pe. Geraldo Martins 

No final do sermão da montanha, Jesus revela duas características que devem identificar a oração de seus discípulos: a insistência e a confiança. A primeira se revela nos verbos pedir, buscar e bater. Implica, portanto, ação objetiva, concreta, perseverante. De fato, a oração não comporta uma passividade que nos faz esperar que tudo caia do céu, mas exige o movimento de quem faz o que lhe compete para alcançar a graça de que necessita.

Quem faz assim, garante Jesus, é prontamente atendido pelo Pai e não conhecerá a decepção, nem a frustração. Eis a confiança que nasce da certeza da bondade de Deus, tendo como base a própria ação humana. Tal como um pai ou uma mãe é incapaz de dar coisa ruim a um filho, muito mais Deus, que é pura bondade e misericórdia, só dará coisas boas a quem a Ele recorre. Não é, portanto, uma questão de meritocracia, uma vez que a misericórdia de Deus transcende os limites e fraquezas da pessoa humana, socorrendo suas necessidades, independentemente de merecimento. Como isso nos consola e nos compromete!

Jesus retoma, neste contexto, a regra de ouro muito conhecida entre os judeus – “Tudo quanto quiserem que os outros lhes façam, façam também vocês a eles” (Mt 7,12) - e que aparece no Primeiro Testamento, embora na forma negativa -  “Não faça a ninguém o que você não quer que lhe façam” (Tb 4,15). Observemos que a forma positiva colocada por Jesus é mais exigente porque nos obriga agir em favor das pessoas, ou seja, praticar o bem. Tal como Deus é bom, também nós devemos ser bons. A regra, na sua forma negativa, parece que nos desobriga disso, bastando não fazer o mal.

A oração nos dá a consciência de nossa indigência e carência. Por isso, não devemos ter escrúpulos de suplicar constantemente a Deus que venha em nosso auxílio. É certo que Ele nos atenderá, ainda que nos julguemos indignos de sua graça e de seu amor. A ternura e o cuidado de Deus por seus filhos e filhas suplanta todo limite humano.

Senhor, ensina-nos a sermos bons como tu és bom. Ouve sempre nossa prece e não nos desampares em nossas carências e necessidades. Amém!

Comentários

  1. A oração nos dá a consciência de nossa indigência e carência. Por isso, não devemos ter escrúpulos de suplicar constantemente a Deus que venha em nosso auxílio. É certo que Ele nos atenderá, ainda que nos julguemos indignos de sua graça e de seu amor. A ternura e o cuidado de Deus por seus filhos e filhas suplanta todo limite humano.

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  2. Muitas forças se unem neste tempo da Quaresma para ver a paz acontecer. Não podemos jamais perder essa esperança, pois ela está em nossas mãos. O pouco do esforço de cada um dos cristãos, formará a grande corrente que sustentará a força da paz. Muitas gotas d'água juntas formam rios e mares. Este tempo da Quaresma é, pois o tempo propício para que juntemos nossas forças alcancemos o que desejamos e esperamo. A violência, a guerra, a injustiça e o pecado não podem mais ter lugar no meio de nós. Para bani-los, depende da graça de Deus e também de nós.

    Leitura do livro de Ester.
    O grito de Ester é o grito de todos os que precisam de socorro e esperam no Senhor: "Vem em meu socorro... não tenho outro defensor fora de ti".

    Quando pedimos não é para fazer pressão sobre Deus, mas porque temos certeza de sua benevolência e também porque Ele é sempre inclinado à ternura.

    Senhor, nos ajude a compreender que só o teu Filho Jesus é o nosso único defensor que jamais nos decepciona, que nos ampara em nossas necessidades e carências.Amém

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  3. "Senhor, ensina-nos a sermos bons como tu és bom. Ouve sempre nossa prece e não nos desampares em nossas carências e necessidades. Amém!"

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