Qual a nossa reação?

Terça-feira da 14ª Semana do Tempo Comum

8 de julho de 2025

 

Leituras:

Gn 32,23-33

Sl 16(17),1.2-3.6-7.8b e 15

Mt 9,32-38

(Acesse aqui)


Por Pe. Geraldo Martins

Ao devolver a palavra a um homem mudo, dominado pelo demônio, Jesus provoca reações diferentes. A multidão, composta pelos simples, humildes e sofredores, é tomada de admiração e de encantamento pelo feito de Jesus. Exclamou: “nunca se viu coisa igual em Israel” (Mt 9,33). É um suspiro de esperança como a dizer: “chegou nossa libertação, acabou nosso sofrimento!”. 

Na contramão dos pobres e simples, os fariseus desqualificam a ação de Jesus e atribuem a cura que ele realiza ao poder dos demônios (cf Mt 9,34). É a posição de quem, ancorado na presunção de julgar saber mais que os outros, fecha os olhos ao novo que Deus revela.

Nosso olhar para Jesus dependerá do lugar e da situação em que estamos. Se não formos capazes de nos rebaixar e nos colocar no lugar daqueles para quem Ele veio em primeiro lugar – os pobres, os marginalizados, os pecadores, os sofredores, os doentes... – teremos sempre a resistência dos fariseus. Este resistência nos leva ao fechamento ao amor e à misericórdia de Deus que libertam e salvam.

Identificado com o povo explorado e oprimido, Jesus mostra sua compaixão e sensibilidade para com seu sofrimento. Denuncia que a situação das multidões é como a de ovelhas sem pastor, ou seja, um povo que foi abandonado por suas lideranças, esquecido por aqueles que tinham o dever moral e ético de cuidar de sua vida.

Olhemos para o Brasil marcado pela pobreza provocada pela desigualdade social; pela perda de direitos que ameaça a vida, a cultura e os costumes dos povos indígenas e quilombolas; pela discriminação e preconceito e por inúmeras outras situações de dor e sofrimento; pela violência.

Não temos também aqui ovelhas sem pastor? A quem servem as lideranças que deveriam cuidar do povo que sofre e clama por justiça e vida? Imploremos ao Senhor que envie trabalhadores/as para sua messe, que cuidem de Seu povo e não de si mesmos (cf Mt 9,38).

Ó Pai, concede-nos um coração misericordioso, capaz de se alegrar com a libertação que teu filho trouxe para os pobres e excluídos. Amém!

Comentários

  1. Verdade, tão atual essa visão. As conquistas dos pobres são vistas por alguns como desaforos, desperdício,

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  2. Leitura do livro do Gênesis.
    Rejeitado, acolheu e salvou sua família. Se déssemos vós à nossas consciência, à inveja, ao ciúmes certamente ficaríamos envergonhados de nós mesmos.

    Duas reações tão diferente diante do mesmo fato muitos reconheceram estar diante de uma manifestação do poder divino. Outros, porém, encontraram logo uma desculpa para não acreditar. Deus está sempre a nos convidar para salvação, dá-nos a possibilidade de acreditar. Mas respeita nossa liberdade. Temos de pedir sempre que ele nos ajude, para que nosso coração se abra para Ele.

    Senhor, nos liberta e nos dar as forças necessárias para vencer as tentações e envia o teu Santo Espírito para nos proteger. Amém

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