Quarta-feira - 02.09.20
Evangelho: Lc 4,38-44
A missão de Jesus é trazer vida e esperança para as pessoas. Quem
se encontra com Jesus faz essa experiência e tem sua vida transformada. Fixemos
nosso olhar em dois gestos feitos por Jesus na passagem do evangelho proclamado
na liturgia de hoje. Vejamos como esses gestos traduzem amor, ternura, cuidado,
vida.
Para curar a sogra de Pedro, Jesus se inclinou sobre ela,
“ameaçou a febre e a febre a deixou” (Lc 4,39). Inclinar-se! Fazer-se próximo
ao máximo! É como se Jesus tomasse para si a febre que aquela mulher sentia.
Ela fica curada e começa a servir. Eis a retribuição pela graça recebida:
servir!
Muitas vezes, não conseguimos ajudar as pessoas porque nos
falta essa capacidade de nos inclinar sobre elas, isto é, de fazer-nos
próximos, rebaixar-nos, tocar; de nos fazermos um com a pessoa necessitada. Sem
essa proximidade, dificilmente nossa presença ajudará as pessoas a saírem da
febre que as impede de servir.
Perguntemo-nos: sobre quem devemos nos inclinar para
retirar-lhes a febre que lhes rouba a vida e a alegria de servir? Quais são as
febres que hoje levam as pessoas a se prostrarem e perderem o ânimo, a coragem
e o desejo de viver?!
O segundo gesto de Jesus se dá com os outros doentes que eram
levados a Ele. Sobre esses, Jesus colocava a mão e ficavam curados (Lc 4,40). O
poder de cura vem pelas mãos. E nós, como usamos nossas mãos: para curar ou
para maltratar? As mãos devem ser instrumentos da bênção de Deus, da cura, da
força nova que vem de Deus. Quantos as usam para oprimir, ferir, roubar,
matar...
Tal como Jesus, nossa missão é ajudar as pessoas a
recuperarem sua vida. Nossos gestos contam muito. Eles têm gerado vida nova?
Pai querido, inclinai sobre nós e tocai nosso coração para
que, renovados por vossa graça, curados de nossos males, sejamos instrumentos
de vida e esperança para nossos irmãos e irmãs. Amém!
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