Condição para entrar no Reino

Sábado da 7ª Semana do Tempo Comum

25 de maio

 

Leituras:

Tg 5,13-20

Sl 140(141),1-2.3 e 8 (R. 2a)

Mc 10,13-16

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins

Em muitas ocasiões, lembra o Papa Bento XVI, “parece evidente que entre Jesus e os discípulos havia uma profunda distância interior; encontram-se, por assim dizer, em duas dimensões diferentes, de modo que os discursos do Mestre não são compreendidos, ou o são só superficialmente” (Angelus, 23.09.2012).

Estamos diante de uma dessas ocasiões quando os discípulos, seguindo a lógica excludente da sociedade, procuram impedir que as crianças se aproximem de Jesus por considerá-las insignificantes. Elas personificam, assim, todos os pequeninos que a sociedade marginaliza e exclui.

Jesus, ao contrário, as torna referência para o Reino: “o Reino de Deus é dos que são como as crianças” e só entrará nele quem o receber como uma criança (cf. Mc 10,14s). Por que Jesus toma as crianças como referência do Reino? Porque elas "são as pessoas mais disponíveis para acolher dons, porque são pequenas e pobres, sem seguranças a defender ou privilégios a reclamar. Assim devem ser os discípulos de Cristo (v. 15), porque o Reino não é uma conquista pessoal, mas dom gratuito de Deus a esperar e a acolher com simplicidade e confiança” (dehonianos.ogr.br).

Considerando esse ensinamento de Jesus, perguntemo-nos: estamos longe ou perto do Reino de Deus? Recordemos que “seguir o Senhor exige sempre do homem uma profunda conversão — de todos nós — uma mudança do modo de pensar e de viver; requer que abramos o coração à escuta, para nos deixarmos iluminar e transformar interiormente” (Bento XVI, Angelus 23.9.2012). Estamos dispostos a isso?

São Tiago ensina o caminho da oração, do louvor e da súplica para não nos desviarmos da direção do Reino. Segundo o apóstolo, a oração com fé tem poder de cura, conquista a salvação e o perdão dos pecados (Tg 5,15).

É fácil observar em nossa vida: quando somos assíduos à oração consciente, concentrada, perseverante, vencemos com facilidade nossas dificuldades, sentimo-nos mais perto de Deus e conseguimos ver as coisas com seus olhos e seu coração; quando, ao contrário, negligenciamos na oração, esfriamo-nos, sentimos o peso da vida, tudo fica mais difícil, sentimos como se tivéssemos sido abandonados por Deus quando, na verdade, se dá o contrário.

Senhor, faz-nos perseverantes na oração e livra-nos da soberba e da presunção que nos impedem de ser como crianças para alcançar o teu Reino. Amém!

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