7 de fevereiro de 2025
Leituras:
Hb 13,1-8
Sl 26(27),1.3.5.8b-9abc
Mc 6,14-29
Por Pe. Geraldo Martins
Tramada no palácio real, a morte de
João Batista tem como causa seu profetismo, sua coerência de vida, seu
compromisso com a verdade e a justiça. Até mesmo Herodes, por ele denunciado,
“o escutava com prazer”, embora ficasse “confuso ao escutá-lo” (Mc 6,20). Do
banquete da morte participam os grandes, cúmplices da maldade e da covardia de
Herodes, que se rendeu à ira de sua mulher Herodíades, que se tornara inimiga
do profeta porque este condenara seu relacionamento com o rei (cf M 6,19).
Observemos que, ao invés da
conversão, os denunciados por João Batista optam pelo caminho da eliminação de
quem abre seus olhos para os descaminhos no qual se encontram. Isso também pode
acontecer conosco. Ninguém se sente bem quando é desmascarado em relação ao mal
que pratica. Quem, no entanto, se deixa tomar pelo ódio e pela ira,
recrudescerá em seu pecado e não cederá à graça capaz de libertá-lo e salvá-lo.
Chama atenção, ainda, o fato de o
martírio de João Batista se dar numa festa, num jantar de gala em que só rico
entra. Faz recordar aquela bela canção que mostra de que lado Deus está: “No
banquete da festa de uns poucos, só ricos se sentou; nosso Deus fica ao lado
dos pobres, colhendo o que sobrou”. Perguntemo-nos: de onde vêm, hoje, as
decisões que ameaçam a vida dos que pregam a verdade em defesa dos direitos dos
empobrecidos, dos excluídos, dos famintos, dos injustiçados, dos descartados?
Ao contrário de Herodes, Jesus, que
também morrerá por causa de seu testemunho e compromisso com o Reino, oferece
um banque para os pobres e excluídos (cf Lc 14,21). Se o de Herodes era o
banque da morte, o de Jesus é o banquete da vida. Para participar dele basta
identificar-se com Jesus no seu compromisso com a vida, a justiça, a defesa dos
pobres, a paz, o amor, o perdão, a fraternidade e a simplicidade. Em qual dos
dois tomamos assento?
Pai de amor, livra-nos de participar do banquete da morte. Dá-nos a coragem de João Batista que nos faz profetas e profetizas de teu Reino, tornando-nos, assim, aptos para nos sentar ao banquete da vida que teu Filho nos serve. Amém!
Amém
ResponderExcluirAmém
ResponderExcluirLeitura da Carta aos Hebreus.
ResponderExcluirA fraternidade entre nós tem outros nomes também: acolher bem, hospedar. E a solidariedade com os perseguidos é manifestação de sincero amor.
A morte é o selo de autenticidade, o fato que confirma as palavras e o testemunho. A nós é pedido ter autêntico relacionamento com Deus e com irmãos.
Senhor, nos livra de participar do banquete da morte. Dai-nos a coragem de
João Batista de denunciar e anunciar, e que sempre exista entre nós a caridade, a acolhida fraterna e o perdão mútuo.
Amém
Assim seja.
ResponderExcluir: de onde vêm, hoje, as decisões que ameaçam a vida dos que pregam a verdade em defesa dos direitos dos empobrecidos, dos excluídos, dos famintos, dos injustiçados, dos descartados?
ResponderExcluirAmém.
ResponderExcluirAmém!
ResponderExcluir