Imitar a Jesus

Terça-feira da 7ª Semana do Tempo Comum

21 de maio

 

Leituras:

Tg 4,1-10

Sl 54(55),7-8.9-10a.10b-11a.23

Mc 9,30-37

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins

Nada passa despercebido a Jesus. Enquanto caminhava com seus discípulos, confidenciou-lhes o que iria acontecer com Ele, isto é, que sofreria a paixão e a morte, ressuscitando ao terceiro dia (Mc 9,31). Sem entender o que Jesus dizia, mas à luz do que lhes foi dito, os discípulos entraram em outra discussão. Jesus percebe e só em casa lhes pergunta o que discutiam pelo caminho (Mc 9,33). De novo ficaram calado.

Se antes o silêncio dos discípulos era porque não haviam entendido as palavras de Jesus, agora silenciam por vergonha. Compreenderam que o objeto de sua discussão ia no caminho oposto ao de Jesus. Enquanto Jesus lhes falava de despojamento e renúncia, entrega e serviço, eles buscavam o caminho da fama e do poder.

A lição de Jesus aos discípulos - "Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!" (Mc 9,35) – deveria soar como um mantra em nossos corações a ser recitado cotidianamente a fim de vencermos a tentação que nos faz querer sempre o primeiro lugar, sendo servidos ao invés de servir. Com sua atitude, os discípulos dizem 'não' à cruz de Cristo e são muitos que os que hoje também querem seguir Cristo sem abraçar sua cruz. 

A Carta de Tiago lembra que são coisas como essa que ocorreu com os discípulos que dividem a comunidade. Ele recorda que “Deus resiste aos soberbos, mas concede a graça aos humildes” (Tg 4,6). Por isso, nossa oração deve cuidar de pedir a Deus somente aquilo que nos fará crescer no seu amor e na sua graça, resistindo ao pecado e a tudo que nos divide e impede de servir com alegria.

Lembremo-nos: “se quisermos seguir Jesus, devemos percorrer o caminho que ele mesmo traçou, a via do serviço. A nossa fidelidade ao Senhor depende da nossa disponibilidade para servir. (...) Quanto mais servimos, mais sentimos a presença de Deus. Sobretudo quando servimos aqueles que nada têm para nos devolver, os pobres, abraçando as suas dificuldades e necessidades com terna compaixão” (Papa Francisco - Angelus 19.09.2021).

Senhor, ajudai-nos a vencer a tentação do poder e do prestígio. Revesti-nos da humildade que nos faz servir com alegria sem nada exigir em troca. Amém!