O amor que alcança o perdão

Quinta-feira da 24ª Semana do Tempo Comum

19 de setembro

 

Leituras

1Cor 15,1-11

Sl 117(118)

Lc 7,36-50

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins

Escrevendo aos Coríntios, São Paulo narra-lhes o conteúdo fundamental do Evangelho que é a paixão, morte e ressurreição de Cristo . Esse é o fundamento de nossa fé: Cristo morreu por nossos pecados, foi sepultado e, ao terceiro dia, ressuscitou, tudo segundo as Escritura (cf. 1Cor 15,3-4).

A morte de Cristo só tem sentido por causa de sua ressurreição. “A morte [de Cristo] é redentora, livra dos pecados, porque desemboca na ressurreição; do contrário, seria um fracasso incapaz de livrar do pecado. O ‘terceiro dia’ é o tempo da graça” (Bíblia do Peregrino). As testemunhas desses fatos, começando por Pedro (1Cor 15,5), nos garantem sua veracidade e levam-nos a neles crer e, assim, obter a graça da salvação.

Como Paulo, somos o que somos pela graça de Deus que é bom, e não por mérito de nossa parte. É preciso, no entanto, agir para que a graça de Deus não seja estéril em nós (cf. 1Cor 15,10). Isso significa converter-se e tornar-se anunciador dessa verdade redentora: Cristo venceu a morte e está vivo entre nós! Eis o objeto de nossa fé a ser proclamado, sobretudo, com a vida.

No evangelho, Jesus mostra a correlação entre amor e perdão. Na casa de um fariseu, deixa-se tocar por uma mulher conhecida como pecadora que, levada pelo amor, faz o que o fariseu não fez: acolheu o Cristo com as deferências que eram devidas a um convidado – lava seus pés, enxuga-os com os cabelos, beija-os e põe perfume (cf. Lc 7,37-38).

Ao julgamento que o fariseu faz de seu convidado, Jesus responde contando uma parábola para mostrar que o amor faz o perdão e que o perdão é efeito do amor – “os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados, porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem se perdoa pouco mostra pouco amor” (Lc 7,47). Seria o caso do próprio fariseu?

A mulher do evangelho, “no silêncio, abriu o seu coração a Jesus; na dor, mostrou-lhe o arrependimento pelos seus pecados; com o seu choro, apelou-se à sua bondade divina para receber o perdão. Para ela não haverá juízo algum a não ser o que vem de Deus, e este é o juízo da misericórdia. O protagonista deste encontro é certamente o amor que vai além da justiça” (Papa Francisco 13.03.2015).

Ó Cristo, reconheço meu pecado. Faz-me amar-te intensamente para sentir a alegria de teu perdão e, assim, anunciar tua misericórdia a todos que ainda não tiveram a graça de te encontrar. Amém!

Comentários

  1. O juízo de Deus é puro amor e gratuidade! Senhor, ensina- me a sempre perdoar e amar para sentir a graça do teu perdão.

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  2. Senhor, Livra-nos do pecado nos ajude a viver a tua graça, nos ajude a te acolher, nos ensina a perdoar e amar, amar e perdoar, e sentir a alegria do teu perdão e anunciar a tua misericórdia a quem ainda não teve a graça de encontrar. Amém

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