20 de fevereiro de
2025
Leituras:
Gn 9,1-13
Sl
101(102),16-18.19-21.29e 22-23
Mc 8,27-33
Por Pe. Geraldo
Martins
A nossa relação com Jesus não é diferente. Se não tivermos
clareza de quem Ele é e o que Ele significa em nossa vida, enganaremos a nós
mesmos ao afirmar que somos cristãos. Daí a importância de buscarmos,
cotidianamente, no mais profundo de nosso intimo, a resposta à pergunta que
Jesus faz aos seus discípulos no evangelho de Marcos proclamado na liturgia de
hoje: “E vocês, quem dizem que eu sou?”
Ao contrário do que muitos pensam, não é tão simples
responder a essa pergunta. O povo, que presenciara tantos sinais realizados por
Jesus, não foi capaz de reconhecer sua verdadeira identidade e o confundia com
um profeta. Mesmo Pedro, que respondera corretamente, demonstrou não ter
clareza de quem era Jesus ao reagir negativamente à revelação que Jesus lhes
fizera sobre sua paixão, morte e ressurreição. É chamado de ‘Satanás’ pelo
próprio Cristo por se colocar como obstáculo à missão de Jesus (Mc 8,33).
Esta incompreensão dos discípulos “não se refere à
verdadeira personalidade de Jesus, mas a respeito do mistério de sua morte”
(Bíblia de Jerusalém), ou seja, eles ainda não eram capazes de compreender o
mistério da ressurreição por meio da qual o Messias venceria o mal e a morte.
Ao meditar esse evangelho, devemos trazer sempre presente a
pergunta de Jesus: “para você, quem sou eu?”. Ela modifica nossa vida, desde
que não se torne apenas um clichê ou um chavão que a gente repete sem
consciência do quanto é profunda.
Quando esteve em Belo Horizonte, em 1º de julho de 1980, São
João Paulo II, falando aos jovens sobre esta passagem do evangelho, lembrou que
não basta falar de Jesus repetindo o que outros disseram dele, mas que "é
forçoso" cada um dizer o que pensa de Jesus. E acrescenta: “Os melhores
amigos, seguidores, apóstolos de Cristo foram sempre aqueles que perceberam um
dia dentro de si, a pergunta definitiva, incontornável, diante da qual todas as
outras se tornam secundárias e derivativas: ‘Para você, quem sou eu?’. A vida,
o destino, a história presente e futura de um jovem, depende da resposta nítida
e sincera, sem retórica nem subterfúgios, que ele puder dar a esta pergunta”
(01.07.1980).
Na realidade, quando respondemos quem é Jesus, estamos dizendo também quem somos nós.
Diante da pergunta de Jesus, com o filósofo Kierkegaard rezamos: “Senhor Jesus, tu não vieste para ser servido, nem tampouco para ser admirado ou, simplesmente, adorado. Desejaste, somente, imitadores. Por isso, desperta-nos se estamos adormecidos nesta ilusão de querer admirar-te ou adorar-te, em vez de imitar-te e parecer-nos contigo”. Amém!
Amém
ResponderExcluirAmém!
ResponderExcluirLeitura do livro do Gênesis.
ResponderExcluirSomos aliados de Deus na construção do mundo, e por isso devemos ser fiéis como Ele é fiel à sua promessa.
A profissão de fé de Pedro é também a dos discípulos, da Igreja e a de todos os que crêem verdadeiramente nele: "Tu és o Messias ".
Senhor, nos ajude a viver verdadeiramente a aliança de amor com você e com os irmãos e irmãs, e que sejam banidas de nosso meio as injustiças, a opressão, a ganância e a corrupção, e nos ajude a te imitar e parecr contigo. Amém
Amém
ResponderExcluirDiante da pergunta de Jesus, com o filósofo Kierkegaard rezamos: “Senhor Jesus, tu não vieste para ser servido, nem tampouco para ser admirado ou, simplesmente, adorado. Desejaste, somente, imitadores. Por isso, desperta-nos se estamos adormecidos nesta ilusão de querer admirar-te ou adorar-te, em vez de imitar-te e parecer-nos contigo”. Amém!
ResponderExcluirAmém!
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