26 de fevereiro de
2025
Leituras:
Eclo 4,12-22
Sl
118(119),165.168.171.174.175 (R. 165a)
Mc 9,38-40
Por Pe. Geraldo
Martins
Esta é a lição deste texto de Marcos que mostra os
discípulos de Jesus proibindo um homem de expulsar demônios em nome de Jesus
pelo fato de ele não fazer parte do grupo dos que o seguem. Ainda que o façam
com reta intenção, os discípulos revelam uma atitude mesquinha por não
reconhecerem o dom de Deus aos que estão fora de seu grupo.
Jesus censura o comportamento de seus discípulos e lhes
ensina que qualquer pessoa está apta à prática do bem – “quem não é contra nós
é a nosso favor” (Mc 9,40). Quem se apresenta para combater o mal deve ser
sempre acolhido e não encontrar resistência por parte dos seguidores de Jesus.
Muitos cristãos católicos, como os discípulos de Jesus no
evangelho, têm grande dificuldade em conviver e trabalhar com quem pensa
diferente, mesmo que lute por causas comuns como a defesa da vida e da
dignidade humana. Opõem-se ao ecumenismo e ao diálogo inter-religioso e mostram
forte resistência a grupos que combatem o mal só pelo fato de não professarem
a mesma fé. Tomados pela presunção, falta-lhes a capacidade de distinguir entre
uma coisa e outra.
Recordemos: Jesus não é exclusividade de um grupo e quem
pertence a Ele deve vencer a tentação do fechamento. Alerta o Papa Francisco
que esse fechamento afasta as pessoas que não pensam como nós. “E isto é a raiz
de tantos males da história a partir do absolutismo que muitas vezes gerou
ditaduras e de tantas violências para com aqueles que são diferentes”
(26.09.21).
Senhor, ajuda-nos a vencer a tentação do fechamento e abre
nossa mente e coração para acolhermos os que se dedicam à prática do bem ainda
que pensem diferente de nós. Amém!
Amém
ResponderExcluirAmém!
ResponderExcluirSenhor, ajuda-nos a vencer a tentação do fechamento e abre nossa mente e coração para acolhermos os que se dedicam à prática do bem ainda que pensem diferente de nós. Amém!
ResponderExcluirVivemos uma época de desencontros, divergências. Está na moda riscar o mapa e dividir o território em dois espaços: “o nosso” e “o deles”. Deixamos de lado os numerosos pontos em comum para acentuar as mínimas diferenças.
ResponderExcluirE esta destruidora ilusão de posse ... no fundo, é isto: posse da razão, posse da verdade, posse do melhor processo… chega a contaminar também a própria religião, a pastoral, a evangelização. Mais um pouquinho e nós vamos chama-lo de herege por que não reza na nossa cartilha. E esta destruidora ilusão de posse.....no fundo, é isto: posse da razão, posse da verdade, posse do melhor processo….. chega a contaminar também a própria religião, a pastoral, a evangelização.
Senhor, ensina-nos que “quem não é contra nós, é a nosso favor”. Ensina-nos a viver com seriedade nossa vida cristã e não nos sentirmos ameaçados por outras opções religiosas. Dai-nos um coração respeitoso e tolerante, como o Teu. Amém!
Amém.
ResponderExcluir