Que caminho seguimos?

Terça-feira da 7ª Semana do Tempo Comum

25 de fevereiro de 2025

 

Leituras:

Eclo 2,1-13

Sl 36(37),3-4.18-19.27-28.39-40 (R. cf. 5)

Mc 9,30-37

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins

Caminhando pela Galileia, Jesus como que reclama uma privacidade com seus discípulos a quem estava ensinando (cf. Mc 9,31). Quis ficar a sós com eles, certamente, porque o conteúdo de seu ensinamento não seria compreendido por todos. E o que ensinava? Que haveria de sofrer a paixão, morrer e ressuscitar (cf. Mc 9,31). Esta era a segunda vez que tocava nesse assunto. Com isso, Jesus reafirmava que tipo de Messias ele era. Não o da glória e do poder humanos como imaginava o povo, mas o Messias que entrega a própria vida pela salvação da humanidade.

Como reagiram os discípulos? Sem compreender as palavras de Jesus, põem-se a discutir quem deles era o maior. Que contradição! Enquanto Jesus fala de entrega, de rebaixamento, de aniquilamento, de morte, seus discípulos buscam fama, grandeza e poder. Não compreendem o caminho de Jesus e traçam um outro caminho para si que vai na direção oposta ao de seu Mestre. Revelam-se incapazes de assimilar seu ensinamento.

Diante disso, Jesus mostra o caminho da verdadeira grandeza: ocupar o último lugar, servir a todos e acolher os pobres e excluídos (cf. Mc 9,35.37). Quem está disposto a isso numa sociedade que incentiva a disputa pelo primeiro lugar, globaliza a indiferença e aponta como felizes os que são servidos?

Lembra o papa Francisco que “o valor de uma pessoa já não depende do papel que desempenha, do sucesso que tem, do trabalho que faz, do dinheiro no banco; (...) a grandeza e o sucesso, aos olhos de Deus, têm uma medida diferente: são calculados pelo serviço. Não pelo que se tem, mas pelo que se dá. Queres ser o primeiro? Serve. Este é o caminho”.

Ó Pai, faz-nos compreender o caminho de teu Filho e dá-nos a graça de imitá-lo, ocupando o último lugar, servindo a todos, acolhendo os pobres e excluídos. Amém!