Mais que um profeta

Sábado da 6ª Semana do Tempo Comum

22 de fevereiro de 2025

Cátedra de São Pedro - Festa


Leituras:

1Pd 5,1-4

Sl 22(23),1-3a.3b-4.5.6 (R. 1)

Mt 16,13-19

(Acesse aqui)


Por Pe. Geraldo Martins

A pergunta de Jesus aos discípulos sobre o que as pessoas pensam dele remete-nos àquele pensamento atribuído a Santo Agostinho: “Só se ama aquilo que se conhece”. É verdade, precisamos conhecer bem a Jesus Cristo para que nosso amor a Ele seja verdadeiro e transformador. E para conhecê-Lo, é necessário que caminhemos com Ele e que escutemos atentos seus ensinamentos.

O texto de Mateus, proclamado nesse dia em que celebramos a festa da Cátedra de São Pedro, permite-nos, pelo menos, quatro constatações diante da pergunta “quem dizem ser o Filho do Homem?” (Mt 16,12). A primeira é que uma visão superficial de Jesus nos leva a confundi-lo com um profeta do passado. Esta visão é própria daqueles que veem Jesus como um milagreiro, um curandeiro e a Ele recorrem apenas para se beneficiar de sua caridade. Dificilmente se colocarão como seus discípulos/as, dispostos a segui-Lo na radicalidade que Ele exige.

A segunda constatação é de que essa pergunta de Jesus exige uma resposta pessoal. A fé é experiência pessoal, ainda que vivida e testemunhada comunitariamente. Não nos é permitido, portanto, repetir a resposta dos outros – “alguns dizem que és...”. A resposta de Pedro nasce do seguimento e da convivência com Jesus, mesmo que a revelação da verdadeira identidade de Cristo lhe venha do Pai, conforme afirma o próprio Jesus (cf. Mt 16,17). Não podemos ser cristãos/católicos baseados unicamente numa espécie de hereditariedade – porque meu avô e minha avó sempre foram católicos, porque minha mãe era católica... A fé é convicção pessoal a partir da experiência que se faz de Jesus.

A missão nasce da convicção de quem é Jesus. Essa é a terceira constatação. À afirmação de Pedro: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”, Jesus responde com a missão: “Tu és Pedro e sobre esta pedra construirei minha Igreja” (Mt 16,18). Só descobre verdadeiramente sua missão quem  tiver convicção de quem é Jesus para ele.

A última constatação é de que nossa vida depende da resposta que dermos a essa pergunta de Jesus. Ela tem o poder de mudar toda nossa vida. Só conseguiremos descobrir o rumo de nossa vida no dia em que tivermos clareza de quem é Jesus para nós. Não podemos ficar repetindo a resposta dos outros, tampouco podemos afirmar nossa fé a partir da fé dos outros. Se não estivermos convencidos de quem é Jesus e o que Ele significa para cada um de nós, não nos encontraremos e viveremos de aparência.

Lembra o Papa Francisco que à pergunta de Jesus, “cada um deve dar uma resposta que não seja teórica, mas que envolva fé, isto é, vida, porque fé é vida!” (23.08.20). A história registra um sem números de pessoas que assim fizeram e deram nova direção à sua vida como, por exemplo, Santo Inácio de Loyola, São Francisco de Assis, Santa Clara, Santa Tereza de Ávila, Charles de Foucauld...

Senhor, dá-nos a graça de conhecer cada vez mais o teu Filho Jesus a fim de respondermos com nossa vida à sua pergunta: “E vocês, quem dizem que eu sou?”.

Comentários

  1. Senhor que a cada dia eu possa buscar um conhecimento mais profundo do seu filho Jesus e ser Rocha firme para ama- lo e servir sem deixar- me levar pelo desânimo. Aumenta minha fé para que eu sempre busque fazer esse conhecimento profundo como Pedro: Tu és o Messis, o filho do Deus vivo.

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  2. Leitura da primeira Carta de São Pedro.
    Somos chamados pelo evangelho pra levar uma vida ordeira e responsável, e a estreitar os laços de união com a Igreja.
    A humildade, a acolhida e o respeito deve ser a característica do trato de uns com os outros dentro da comunidade.

    Pedro explicita sua fé, antes de assumir a direção da comunidade, por isso afirma tu és o Messias o Filho do Deus vivo.
    A resposta de Pedro é a de todos os disciplos ponto que bom seria se fosse sinceramente a de cada um de nós: "Tu és o Messias o Filho do Deus vivo".

    Senhor, ajuda a todos nós batizados, colaborar sempre na obra de reconciliação entre homens e mulheres e sejamos fiéis na prática da justiça e da caridade. E assim respondermos com a nossa vida a sua pergunta: " E vocês quem diz quem eu sou?"

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