6 de março de 2025
Leituras:
Dt 30,15-20
Sl 1,1-2.3.4 e 6 (R.
Sl 39,5a)
Lc 9,22-25
Por Pe. Geraldo Martins
O caminho da libertação assumido
por Jesus, ao contrário do que muitos pensam e desejam, passa pelo sofrimento,
rejeição e morte para, finalmente, chegar à ressurreição. É o caminho da
entrega livre e amorosa da própria vida em favor da vida de todos. Não é fácil
compreender esse caminho que mais parece a via da derrota e do fracasso. Ele é
o resultado do projeto que Jesus assumiu em favor da libertação dos pobres e
oprimidos. Assim, o sofrimento, a dor e a cruz aparecem em sua vida como
consequência de sua fidelidade ao Pai na missão de trazer vida nova aos que a
tinham ameaçada pelo sistema que oprimia e matava, vitimando os mais
vulneráveis.
Quem se dispõe a seguir Jesus, a
ser seu discípulo, não pode querer um caminho diferente deste que foi feito
pelo Mestre. Por isso Jesus coloca as condições para seu seguimento: renúncia
de si mesmo e cruz. Só quem está disposto a isso pode colocar-se a caminho com
Jesus. A grande dúvida é: o que significa, afinal, “renunciar-se a si mesmo?”.
A resposta vai sendo construída à medida que vamos descobrindo que Jesus nos
basta.
Contaminados pelo vírus do
consumismo e do egoísmo, temos a constante tentação do acúmulo, do apego às
nossas ideias e projetos, da confiança e da segurança no dinheiro e na riqueza
e de tantas outras práticas que revelam o quanto não somos livres para nos doar
aos irmãos e irmãs como fez Jesus. A cruz será consequência de nossas opções à
medida que estas forem as de Jesus. Daí, o cuidado para não confundir a cruz da
vida e da libertação com a cruz da morte e da condenação.
Começamos nossa caminhada
quaresmal, lembremo-nos do que diz o papa Francisco: “Não podemos pensar numa
vida cristã fora deste caminho: de humildade, de humilhação, de renúncia a si
mesmo para depois se reerguer. Sem a cruz, o estilo cristão não é cristão e se
a cruz não tiver Jesus, não é cristã. O estilo cristão toma a cruz com Jesus e
vai avante” (06.03.2014).
Senhor, queremos seguir teu Filho. Ajuda-nos em nosso compromisso de renunciar a nós mesmos, tomar nossa cruz e seguir Jesus, convictos de que não há outro caminho senão esse para a vitória da vida sobre a morte, do bem sobre o mal. Amém!
Amém
ResponderExcluirAmém!
ResponderExcluirAmém
ResponderExcluirPrecisamos ser apaixonado pelas coisas de Deus. A Quaresma mostra-nos o "amor apaixonado " de Deus por nós. Rezando e meditando a Palavra do Senhor, neste tempos, iremos compreender o imenso amor de Deus por nós. E desse modo compreenderemos o que verdadeiramente significa a Páscoa do Senhor. Entremos, nesta quaresma, no deserto do nosso eu, para que também nos encontremos com o Deus da vida, o Deus que não se cansa de nos amar.
ResponderExcluirLeitura do livro de Deuteronômio.
A cada um de nós nos é dada a possibilidade de aceitar o dom de Deus: a vida ! Se fizermos outra escolha a culpa não é dele.
O caminho da felicidade, da realização e da salvação e da salvação é o de Cristo. E nessa escolha devemos renunciar ao próprio eu, aos afetos... Somente deste modo encontraremos a vida.
Senhor, abra nossa alma para sua Palavra e sua bondade, e assim mudemos nossa vida conforme seu desejo, renunciando a nós mesmos , tomar nossa cruz e seguir seu Filho Jesus, com a certeza da nossa salvação, pois não tem outro caminho, para a vitória sobre a morte, do bem ßobre o mal. Amém
“Não podemos pensar numa vida cristã fora deste caminho: de humildade, de humilhação, de renúncia a si mesmo para depois se reerguer. Sem a cruz, o estilo cristão não é cristão e se a cruz não tiver Jesus, não é cristã. O estilo cristão toma a cruz com Jesus e vai avante”
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