24 de março de 2025
Leituras:
2Rs 5,1-15a
Sl 41(42),2.3;Sl 42(43),3.4
Lc 4,24-30
Por Pe. Geraldo
Martins
Por que rejeitaram Jesus? Porque Ele se revelou um Messias amigo
dos pobres e pecadores e não um Messias glorioso, ligado aos poderosos,
decidido a tomar o poder, como muitos esperavam. Ali, na sinagoga, onde se
encontrava, Jesus acabara de anunciar sua missão: evangelizar os pobres,
libertar os presos, dar vista aos cegos, libertar os oprimidos e anunciar o ano
da graça do Senhor (cf. Lc 4,18-19). A rejeição veio também por causa de sua
origem: “não é este o filho de José?” (Lc 4,22). Não creram nele. É impossível que o Messias seja tão simples e pobre,
despido de qualquer poder!
A rejeição fecha o coração das pessoas à graça de Deus que
não se impõe a ninguém. Isso aconteceu com aqueles que seriam os primeiros
destinatários da salvação trazida por Jesus, como vimos nesse fato narrado por
São Lucas. Ao evocar a memória de Elias e Eliseu, Jesus mostra que a graça e o
amor divinos são para aqueles que se abrem a Deus, ainda que estrangeiros e
pagãos.
Na base da rejeição a Jesus está a falta de fé. Seus
conterrâneos colocaram como condição para crer nele que fizesse algum milagre
ali na sinagoga. São muitos os que condicionam sua fé a milagres. Dizem: - Se
Deus curar minha mãe, prometo fazer isso e aquilo; - Se Deus me der essa graça
da qual tanto necessito, cumprirei essa ou aquela promessa ou farei tal
sacrifício. E quantos deixam de crer, abandonam a Igreja porque se decepcionam
com Deus, como se isso fosse possível. Enquanto se fixam em sua própria vontade,
não conseguem ver a vontade de Deus a seu respeito, por isso se decepcionam.
Deus se revela no simples, no pequeno, no humilde. E como
muitos estão acostumados a acreditar somente naquilo que se mostra com poder e
grandeza, ficam frustrados. Deixemo-nos interpelar por Jesus e, ao invés de
querer expulsá-lo por nos revelar a verdade sobre nós mesmos, como fizeram seus
conterrâneos (Lc 4,29), convertamo-nos e o acolhamos tal como vem a nós,
servindo-se dos simples e pobres.
Ó Pai, abre sempre mais nossos olhos para vermos com clareza
o caminho da libertação apontado por teu Filho, nosso salvador. Concede-nos, a
cada dia, o dom da verdadeira conversão. Amém!
Amém
ResponderExcluirA rejeição fecha o coração das pessoas à graça de Deus que não se impõe a ninguém. Isso aconteceu com aqueles que seriam os primeiros destinatários da salvação trazida por Jesus, como vimos nesse fato narrado por São Lucas. Ao evocar a memória de Elias e Eliseu, Jesus mostra que a graça e o amor divinos são para aqueles que se abrem a Deus, ainda que estrangeiros e pagãos.
ResponderExcluirÓ Pai, abre sempre mais nossos olhos para vermos com clareza o caminho da libertação apontado por teu Filho, nosso salvador. Concede-nos, a cada dia, o dom da verdadeira conversão. Amém!"
ResponderExcluirLeitura do Segundo livro dos Reis.
ResponderExcluirDevemos sempre tomar atitudes e fazer as coisas em diálogo com Deus que se revela a nós, e a Ele obedecermos sem reserva.
Ser incrédulo é impedir a ação de Deus. Se nossa fé exige milagres, ela não é sincera nem verdadeira, porque deste modo impomos a Deus nossa vontade.
Jesus é rejeitado em sua terra natal. Em nossos dias a maior rejeição não é deixar escutar suas palavras, nascer totalmente indiferente para com Ele. Por isso, devemos devemos nos fazer uma pergunta: Quem dita as normas de vida para nós? Se sua palavra não ressoa em nosso coração, outras coisas irão ocupar seu lugar em nós. Outras serão as referências para as nossas vidas, e ficamos indiferentes à palavra da salvação. A Quaresma deve, pois, nos fazer retornar a vida conforme os princípios do evangelho de Jesus.
Senhor, nos ajude a aproveitar esse tempo de penitência a acolher a tua Palavra e a responder na fé às necessidades do nosso tempo, e assim possamos trabalhar a favor da solidariedade e da paz, e nos ajude a buscaraconversãotodososdias. Amém
Amém.
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