Quando servimos o Cristo?

Segunda-feira – 1ª Semana da Quaresma

10 de março de 2025

 

Leituras:

Lv 19,1-2.11-18

Sl 18(19),8.9.10.15

Mt 25,31-46

 

Por Pe. Geraldo Martins

Este texto de Mateus, de cunho escatológico, fala do julgamento final a que todos estaremos sujeitos. Ao descrevê-lo, o evangelista busca imagens do profeta Ezequiel que narra o julgamento que o Senhor fará entre ovelha e ovelha, entre carneiros e bodes (cf. Ex 34,17). O que será levado em conta no dia do julgamento? As obras de misericórdia.

Como rei-Messias, Jesus não levará em conta tanto as obras excepcionais que cada um tenha feito, mas aquelas que traduzem misericórdia para com os que se encontram em situação mais vulnerável, os mais necessitados, traduzidos aqui por “menores dos meus irmãos” (Mt 25,40). Estes são personificados nos que carecem do básico para viverem com dignidade: os famintos, os sedentos, o estrangeiro, quem está nu, os doentes e os prisioneiros. Seremos, então, julgados por nossa caridade em relação a esses que são os menores a reclamarem nossa solidariedade e nosso amor fraterno, numa perspectiva transformadora, libertadora.

Observemos que o “acento do texto recai sobre o amor ao próximo, valor moral supremo” (Bíblia de Jerusalém), fazendo com que o julgamento tenha uma força ética, moral, mais até que “religiosa”. Desta forma, todo aquele que pratica a caridade, terá a redenção de Cristo, mesmo os não cristãos.

Diante deste evangelho, devemos nos perguntar como temos vivido a opção preferencial pelos pobres, especialmente, nestes tempos difíceis em que vemos crescer a desigualdade social e o sofrimento de tantos irmãos e irmãs pela falta de políticas publicas que atendam os pobres e excluídos.

O papa Francisco nos encoraja a sermos irmãos e amigos dos pobres, “a fazer com que se sintam importantes aos olhos de Deus. Não esqueçam que são pessoas, não números, cada um com o seu fardo de dor, que às vezes parece impossível carregar. Tendo isto sempre presente, saberão olhar para elas nos rostos, nos olhos, apertar-lhes a mão, descobrir nelas a carne de Cristo” (03.10.2015)

Senhor, esta Quaresma nos ajude em nossa conversão, levando-nos à prática das obras de caridade a fim de merecermos, um dia, a redenção que teu Filho nos mereceu. Amém!

Comentários

  1. Leitura do livro do Levítico.
    Deus é santo e está para além do mundo e da história. Ele não se confunde com o mundo. Mas, em sua bondade, se interessa pela humanidade e se preocupa com ela. Deus é aquele que se relaciona conosco e se comunica, mesmo sendo Santo. E, sendo Santo, sua comunicação de amor, de misericordia, de bondade. Ele se interessa por nós, porque quer nos arrancar da escravidão que nós mesmo criamos, e nos libertar e nos fazer viver com dignidade . É assim que vamos compreendendo o sentido da história da salvação e da presença de Deus entre nós.

    Jesus mostra com quem Ele se identifica, e o juízo de Deus julgará não as grandes obras mas as atitudes de misericórdia para com os necessitados e pobres.

    Senhor, que nessa Quaresma nós ajude na nossa conversão, assim possamos lutar pela paz pois não há paz sem justiça. Que tenhamos consciência e trabalhemos em favor criem em nós pensamentos e atitudes que fiquem gravados em nossos corações. Amém

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  2. Diante deste evangelho, devemos nos perguntar como temos vivido a opção preferencial pelos pobres, especialmente, nestes tempos difíceis em que vemos crescer a desigualdade social e o sofrimento de tantos irmãos e irmãs pela falta de políticas publicas que atendam os pobres e excluídos.

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