A fé que liberta e salva

Quinta-feira da 5ª Semana da Quaresma

10 de abril de 2025

 

Leituras:

Gn 17,3-9

Sl 104(105),4-5.6-7.8-9 

Jo 8,51-59

(Acesse aqui)


Por Pe. Geraldo Martins

Quando nos fechamos a algo que desafia o nosso conhecimento e a nossa fé, toda argumentação parece inútil e até mesmo o óbvio é negado. Em seu diálogo com os judeus, Jesus tem dificuldade de fazê-los reconhecer sua natureza divina exatamente porque estão fechados a qualquer verdade que não seja a que construíram dentro de si. Isso também pode ocorrer conosco.

A afirmação de Jesus “se alguém guardar minha palavra, jamais verá a morte” (cf. Jo 8,51) soa como algo absurdo para os judeus que o acusam de estar com o demônio. Ao invés de se abrirem para entender o significado do que diz Jesus, aferram-se ao próprio conhecimento. “Enquanto suas funções os habilitam a reconhecer o Messias, os chefes do povo não chegam a reconhecer a personalidade divina de Cristo” (Missal Cotidiano).

Esse embate com os judeus permite a Jesus revelar, de maneira mais profunda, sua identidade com o Pai, mostrando o caminho que também nós devemos seguir: “ele honra o Pai (v. 49), guarda a Palavra do Pai (v. 55), está em comunhão com o Pai (v. 58)” (cf. Missal Cotidiano).

Não seremos capazes de reconhecer a identidade de Jesus se não nos deixarmos guiar pela fé. A atitude final dos judeus – “apanharam pedras para atirar nele” (v. 59) – é própria de quem foi vencido e desmascarado na sua capacidade de dialogar e na sua incredulidade. Agimos assim também quando somos vencidos na defesa de nossas ‘verdades’?

Ó Pai, envia-nos teu Espírito a fim de que, guiados por sua luz, saibamos reconhecer a verdadeira identidade de teu Filho Jesus, guardando sua Palavra para experimentarmos a verdadeira vida para a qual nos criaste. Amém!

Comentários

  1. Ó Pai, envia-nos teu Espírito a fim de que, guiados por sua luz, saibamos reconhecer a verdadeira identidade de teu Filho Jesus, guardando sua Palavra para experimentarmos a verdadeira vida para a qual nos criaste. Amém!

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  2. Leitura do Livro do Gênesis.
    Deus assume Abraão como novo Adão: com ele retoma o sanho de ter uma humanidade sua, com o qual faça uma aliança eterna "para que eu seja teu Deus de teus descendentes", e uma coisa lhe pede: "Guarda a minha aliança, tu e a tua decendência para sempre ". Povo que seja portador dessa aliança às nações, nós fazemos parte dessas nações.

    Em Jesus o Pai oferece plenitude dessa aliança m: "Se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte". Morte física, nem Jesus escapou dela; mas morte eterna, que Jesus não sofreu, está plenamente vivo, nem Abraão, que "exultou por ver o meu dia; ele o viu e alegrou-se ", nem igualmente nós se nos fizermos fiel descendência de Abraão na fé.

    Senhor, nos fortalece, envia o teu Santo Espírito para assim guardar a tua palavra e reconhecer a verdadeira independente do teu Filho Jesus e assim jamais vermos a morte. Amém

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