Salvos pelo amor

Quarta-feira da 2ª Semana da Páscoa

30 de abril de 2025

 

Leituras:

At 5,17-26

Sl 33(34),2-3.4-5.6-7.8-9 

Jo 3,16-21

Por Pe. Geraldo Martins

A encarnação de Jesus é a maior prova do amor de Deus pela humanidade. Esse amor revela sua plenitude quando, livremente, Jesus aceita morrer na cruz para resgatar o mundo do pecado e do mal que o dominam. Lembra-nos o Papa Francisco: “Sempre que olhamos para o crucifixo, encontramos este amor. O crucifixo é precisamente o grande livro do amor de Deus. Não é um objeto para colocar aqui ou ali, mais bonito, não tão bonito, mais antigo, mais moderno... não. É precisamente a expressão do amor de Deus” (Papa Francisco, 22.04.2020). 

Com sua morte e ressurreição, Jesus mostra que sua missão não é condenar, mas salvar o mundo. Deus, portanto, não condena ninguém. Isso seria contrário à sua natureza que é bondade, ternura, amor e misericórdia.

Há, porém, uma condição para que a pessoa seja salva: crer no amor redentor de Jesus – “quem nele crê, não será condenado” (Jo 3,18). Esse crer implica assumir o programa de vida e de justiça revelado e defendido por Jesus. Nossa fé no Filho de Deus traz consequências a que não podemos renunciar. Cremos verdadeiramente no Cristo na medida em que o testemunhamos por um modo de vida que nos remete ao seu jeito de ser e de agir no mundo. Afirmamo-nos cristãos quando nossas ações se aproximam das ações de Cristo.

Quanto mais nos assemelhamos a Cristo, tanto mais nos aproximamos da Luz e nos deixamos guiar pela Verdade, caminho de nossa salvação. Trata-se de uma decisão livre e consciente que cabe a cada pessoa. Essa decisão virá a partir do momento em que sentirmos o amor de Deus. Quem não faz a experiência deste amor, dificilmente, optará por Jesus.

A salvação que Deus nos oferece gratuitamente em seu Filho, morto e ressuscitado, é também conquista. Supõe o esforço de uma vida de acordo com nossa opção por Jesus Cristo, sem jamais dispensarmos a bondade e a misericórdia de Deus. Fazendo assim, jamais temeremos a luz que ilumina a verdade na qual firmamos nosso proceder.

Adverte-nos o Papa: “há pessoas - mesmo nós, muitas vezes - que não conseguem viver na luz porque estão habituadas às trevas. A luz ofusca-as, elas não conseguem ver. São morcegos humanos: só sabem mover-se durante a noite. E também nós, quando estamos em pecado, estamos neste estado: não toleramos a luz” (Papa Francisco, 22.04.2020). 

Senhor, nós te agradecemos por nos teres dado teu amado Filho que por nós morreu e ressuscitou. Dá-nos viver sempre na luz e jamais nos afastarmos do teu amor. Amém!