Fazer sem aparecer

Quarta-feira da 11ª Semana do Tempo Comum

18 de junho de 2025

 

Leituras:

2Cor 9,6-11

Sl 111(112),1-2.3-4.9 

Mt 6,1-6.16-18

(Acesse aqui)


Por Pe. Geraldo Martins

A esmola, a oração e o jejum eram práticas religiosas muito caras aos judeus. Eram consideradas as principais obras que tornavam a pessoa boa diante de Deus. Praticá-las era praticar a justiça.

 Jesus observou, no entanto, que as motivações de muitos em tais práticas nem sempre eram verdadeiras e autênticas. Deixando-se levar pela vaidade, muitos buscavam apenas o elogio e a admiração dos outros. Jesus chama estas pessoas de hipócritas, isto é, “os falsos devotos que apresentavam uma piedade ruidosa” (Bíblia de Jerusalém).

O caminho para quem realmente quer fazer a experiência de Deus é o do escondimento, da humildade, da discrição. Por isso Jesus recomenda que, ao praticar a caridade, “a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita” (Mt 6,3); ao rezar, “entra para teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto” (Mt 6,6); ao jejuar, “perfuma a cabeça e lava o rosto” para que ninguém saiba que estás jejuando (Mt 6,17).

A recompensa que se espera alcançar pela vivência da fé vem de Deus e não das pessoas. É a Ele, portanto, que devemos nos dirigir e da forma mais simples possível. Ele vê o que está oculto e escondido (Mt 6,4.15.18). 

Não há aqui, da parte de Jesus, nenhum incentivo a uma vivência de fé isolada, fora da comunidade, de forma individualista, sem compromisso ou testemunho comunitário. A ênfase está na condenação daqueles que praticam boas obras – esmola, oração e jejum - apenas para serem vistos pelos outros e não para traduzir seu verdadeiro amor a Deus.

Ó Deus, livra-nos da hipocrisia. Dá-nos a graça da humildade a fim de que, no esforço de praticar as obras do Reino, testemunhemos verdadeiramente nossa fé. Amém!

 

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