A missão dos Doze

Quarta-feira da 14ª Semana do Tempo Comum

9 de julho de 2025

Santa Paulina - Memória

 

Leituras:

Gn 41,55-57;42,5-7a.17-24a

Sl 32(33),2-3.10-11.18-19 

Mt 10,1-7

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins

Enviados em missão, os apóstolos tornam-se a extensão do próprio Jesus de quem recebem os mesmos poderes para expulsar os espíritos maus e curar todo tipo de enfermidades (Mt 10,1). Neles e através deles, Jesus continua sua missão de levar esperança e vida às populações “cansadas e abatidas como ovelha sem pastor”, como havia dito pouco antes (Mt 9,36). O missionário sempre age a partir daquele que o envia.

Os destinatários da missão são, em primeiro lugar, “as ovelhas perdidas da casa de Israel”, ou seja, o povo de Israel. “Como herdeiros da eleição e das promessas, os judeus devem ser os primeiros a receber o oferecimento da salvação messiânica” (Bíblia de Jerusalém). Após a ressurreição de Jesus, esta missão se tornará universal e também os pagãos serão destinatários da salvação.

O conteúdo da missão é a Boa Nova do Reino de Deus, que Mateus sempre chama de Reino dos Céus. Dizer que o Reino está próximo (Mt 10,7) é afirmar a presença salvadora e libertadora de Jesus. Onde está Jesus, está o Reino de Deus. Ele é a realização do Reino. Portanto, encontrar-se com Jesus e acolhê-Lo é fazer a experiência do Reino que Ele inaugurou entre nós.

Quem são, hoje, os que Jesus chama e envia para a missão? Todos os que foram batizados. Cabe a cada cristão anunciar a vida nova trazida por Jesus. A quem são enviados? Antes de tudo, aos pobres e marginalizados que clamam por vida e justiça. Na Conferência de Aparecida (2007), Bento XVI lembrava que, “os pobres são os destinatários privilegiados do Evangelho” (DAp 550).

É preciso ir também aos que, por uma razão ou outro, se afastaram da comunidade cristã. Estes não estão longe de nós. Muitos deles fazem parte de nossa casa, pertencem à nossa família. 

Anunciemos, com a palavra e o testemunho, a alegria do Evangelho para todos, especialmente, aos que se encontram nas periferias existenciais e geográficas, como nos pede o papa Francisco.

Senhor, pelo batismo vós nos tornastes discípulos de teu Filho que nos envia para anunciar sua Boa Nova da libertação a todos, especialmente, aos pobres e sofredores. Não deixes que negligenciemos esta nossa missão e torna-nos, cada vez mais, mensageiros da vida nova que Jesus nos mereceu. Amém!