Acolher e escutar

Terça-feira da 17ª Semana do Tempo Comum

29 de julho de 2025

Santos Marta, Maria e Lázaro – Memória

 

Leituras (próprias):

1Jo 4,7-16

Sl 33(34),2-3.4-5.6-7.8-9.10-11

Lc 10,38-42 (2ª opção)

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins

A verdadeira atitude de discípulo revela-se no modo como acolhemos Jesus. Exclusivo de São Lucas, o texto que ouvimos na liturgia de hoje nos mostra isso, quando celebrando a memória dos três irmãos de Betânia Santos Marta, Maria e  Lázaro, conforme decreto do Papa Francisco (2021). 

De um lado Marta, personificação dos excessivamente preocupados com o trabalho, que se põe a arrumar a casa, certamente, com o intuito de agradar o amigo Jesus, visita ilustre. Ela quer acolher bem. É hospitaleira. De outro lado, Maria que prefere colocar-se aos pés do amigo para escutá-lo. 

Não há contraposição entre uma e outra, como se Maria estivesse certa e Marta, errada, ou se a atitude de Maria fosse melhor que a de Marta. O que se quer ressaltar aqui é a atitude do discípulo de Jesus identificada no gesto de Maria, ou seja, a capacidade de sentar-se aos pés do Mestre para escutá-lo. Se quisermos, de fato, nos apresentar como discípulos e discípulas de Jesus, precisamos desenvolver em nós esta capacidade de deixar, por instantes, os afazeres, colocando-nos aos seus pés para escutá-lo.

“Jesus não menospreza o serviço de Marta, mas lhe sugere colocar, como alicerce e garantia da eficácia de suas ações, a obediência à Palavra, que é o verdadeiro tesouro do cristão. Tornar-se discípulo é aprender a respirar com os dois pulmões da vida cristã: contemplação na ação. É conseguir fazer uma síntese da postura de Marta e de Maria, tornado-se contemplativo na ação” (palavras na Palavra - Mons. Celso Murilo, 2005).

Ensina-nos Bento XVI que esta página do Evangelho “recorda o fato de que a pessoa humana deve trabalhar, comprometer-se nas ocupações domésticas e profissionais, mas antes de tudo precisa de Deus, que é a luz interior de Amor e de Verdade. Sem amor, até as atividades mais importantes perdem valor, e não dão alegria. Sem um significado profundo, todo o nosso fazer reduz-se a um ativismo estéril e desorganizado. E quem nos dá o Amor e a Verdade, a não ser Jesus Cristo? Portanto, aprendamos a ajudar-nos uns aos outros, a colaborar, mas antes ainda a escolher juntos a parte melhor, que é e será sempre o nosso maior bem” (Angelus, 18/7/2010).

Ó Cristo, queremos ser teus discípulos. Vem, hospeda-te conosco, em nossa família, e ensina-nos a verdadeira contemplação que nos leva à ação que transforma, liberta e salva. Amém!

 

Comentários

  1. Obrigado Senhor, por estar presente em nossos lares, também por nos fazer dignos de ressuscitarmos Contigo.

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  2. Leitura da Primeira Carta de São João.
    Deus é amor pleno e total e tudo o que Ele faz é expressão do seu ser: amor! E cada um de nós corresponde ao seu amor amando o próximo.

    Marta, Maria e Lázaro eram três irmãos órfãos, e moravam em Betânia. Jesus era amigo deles. Certa vez Marta foi repreendida por Jesus por ter reclamado de sua irmã que não ajudava nos trabalhos da casa, ficando só perto do mestre. Marta aparece junto a sua irmã Maria na morte ressurreição de Lázaro. Ela também aparece seis dias antes da Páscoa, servindo ao Senhor. Trabalhar sim e contemplar também, é o que aprendemos de Marta e Maria.
    Jesus veio para arrancar do meio de nós a escravidão e a morte, e a manifestação de fé na ressurreição feita por Marta é a de toda a comunidade cristã.

    Senhor, nos ajude a ouvir a tua Palavra e testemunhar cada vez mais o amor e a sua misericórdia, nessa hora de dor e como precisamos de fé e esperança. E aumente a nossa confiança em ti e que cremos que unidos a vós, teremos vida eterna. Amém

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