Fé, uma experiência pessoal

 Quinta-feira da 13ª Semana do Tempo Comum

3 de julho de 2025

São Tomé, Apóstolo - Festa

Leituras:

Ef 2,19-22

Sl 116(117),1-2

Jo 20,24-29

(Acesse aqui)

Por Pe. Geraldo Martins

O testemunho de Tomé ajuda-nos a compreender o mistério da ressurreição e nos leva a fazer a experiência pascal. Tendo como insuficiente o testemunho da comunidade, ele estabelece para si um caminho de fé: ver, tocar e crer. Por não acreditar a partir do que lhe contaram os apóstolos, Tomé tornou-se símbolo da incredulidade, um mal exemplo.

Ao colocar as condições para crer no Crucificado-Ressuscitado, Tomé, porém, nos ensina que a fé é ato pessoal e nunca será adesão plena se não for a partir da experiência pessoal. O testemunho dos demais, isto é, da comunidade dos crentes, é estímulo fundamental para se desejar a fazer essa experiência, contudo, não se pode crer com a fé do outro.

Com sua atitude, Tomé nos ajuda a compreender que o Ressuscitado é o mesmo Crucificado – “Põe aqui o teu dedo e vê minhas mãos! Estende tua mão e coloca-a no meu lado” (Jo 20,27). Ao ver Jesus e tocar nele, a fé brota de seus lábios que pronunciam a mais bela e profunda profissão de fé – “Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20,28). Afirmar isso é entregar-se a Jesus; é confiar-lhe toda a existência. De incrédulo, torna-se um bom exemplo de como chegar à fé no Crucificado-Ressuscitado.

Faz verdadeiramente a experiência do Ressuscitado quem o assume na própria vida como seu Deus e Senhor e passa a viver sua vida e seu projeto. Para tanto, é preciso estar na comunidade como um de seus membros. Afinal, a fé, embora pessoal, não é individual e não pode ser vivida de forma isolada, dispensando o testemunho da comunidade que é a Igreja.

Ó Pai, dá-nos, a exemplo de Tomé, professar nossa fé no Crucificado-Ressuscitado e, assim, testemunhar teu amor e tua misericórdia pela humanidade. Amém!