Radicalidade do amor

Segunda-feira da 15ª Semana do Tempo Comum

14 de julho de 2025

 

Leituras:

Ex 1,8-14.22

Sl 123(124),1-3.4-6.7-8

Mt 10,34-11,1

(Acesse aqui)


Por Pe. Geraldo Martins

Entre as recomendações de Jesus aos apóstolos que partem em missão, há pelo menos duas que nos intrigam. A primeira é quando Ele afirma que não veio trazer a paz, mas a espada, e a segunda, que veio para dividir a família - separar o filho de seu pai, a filha de sua mãe, a nora de sua sogra (cf. Mt 10,34s). O que Jesus quis dizer com isso?

Tudo está relacionado à opção por Jesus que deve ser radical e nem todos são capazes de fazê-la. Isso fica claro no versículo seguinte quando Jesus diz que não é digno dele quem coloca o amor ao pai ou à mãe, ao filho ou à filha acima do amor a Ele (Mt 10,37). O amor que temos às pessoas deve traduzir nosso amor a Jesus Cristo e ser sinal dele.

Esta radical opção por Jesus comporta cruz, renúncia, desapego, confiança (cf Mt 10,38s). O missionário, que já fez esta opção, leva consigo a imagem do próprio Cristo ao se colocar a caminho para anunciar a Boa Nova da libertação trazida por Jesus. E nós somos convidados a fazer o mesmo.

Somos todos desafiados em nossa opção por Jesus. Tornamo-nos seus discípulos na medida em que nos esforçamos para viver segundo suas exigências, isto é, empenhando-nos na construção da paz, que implica luta constante contra o mal; não permitindo que nosso amor aos familiares se interponha em nosso amor e seguimento a Jesus; carregando com alegria e determinação nossa cruz de cada dia; fazendo-nos missionários e missionárias do Reino.

Lembra-nos Bento XVI: “Quem deseja seguir Jesus e comprometer-se sem hesitações pela verdade deve saber que encontrará oposições e se tornará, infelizmente, sinal de divisão entre as pessoas, até no interior das suas próprias famílias. O amor aos pais é um mandamento sagrado, mas para ser vivido de modo autêntico nunca pode ser anteposto ao amor de Deus e de Cristo” (Angelus, 19.8.2007).

Senhor, faz que todas as nossas ações,  inclusive nosso afeto aos familiares, tenham sua raiz no amor a Jesus Cristo a fim de que nos tornemos, verdadeiramente, seus discípulos. Amém!

Comentários

  1. Leitura do Livro do Êxodo.
    os opressores buscam sufocar a vida por meio da força; porém, porque ela é dom de Deus, sai sempre vencedora sem o uso de armas ou de força.

    Afirmação que sai da boca de Jesus é frequente pois aparece seis vezes no evangelho seu sentido é claro: que quer que lhe temos preferência acima de tudo, acima até mesmo da própria vida. Essa exigência, tão absoluta, jamais poderia ser feita por um simples homem. Porque Jesus, pode exigir de nós Preferência total, confiança absoluta. É a resposta que espera de nós.
    As palavras de Cristo, uma vez pronunciadas, estarão sempre diante de nós nos inquietar: “quem não toma a sua cruz e não me segue não é digno de mim”.

    Senhor, cremos que sois o Filho de Deus, te pedimos toma conta de nós daí-nos coragem de nos entregar totalmente a vós. E não nos permita que te abandone, e protegi-nos sempre de nossas fraqueza. Amém

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