2 de agosto de 2025
Leituras:
Lv 25,1.8-17
Sl 66(67),2-3.5.7-8
Mt 14,1-12
Por Pe. Geraldo
Martins
O martírio de João Batista mostra-nos, por um lado, a fidelidade do profeta à sua missão e, por outro, a maldade de quem faz tudo para se manter no poder e não tem escrúpulo em usar da violência para alcançar seus objetivos.
Corajoso, o Batista denuncia o
pecado do governador Herodes que vivia em adultério com a cunhada, Herodíades.
Ao invés de reconhecer seu pecado e se converter, Herodes opta por permanecer
nele e eliminar quem o denuncia. Só não o fazia por medo da reação do povo que
considerava João como um profeta (cf. Mt 14,5).
“A morte do profeta representa,
da parte dele, o coroamento do bem: a fidelidade a toda prova; da parte dos que
o eliminam, o ápice do mal: ao invés de escutarem o Senhor, que fala por sua
boca, corta-se a garganta de quem diz a Palavra”. Ocorre que “João Batista,
morto, fala mais do que João Batista vivo. Fala com uma força de que nenhuma
violência poderá deter” (Liturgia Diária O Pão Nosso de Cada Dia-2021).
É como disse Santo Oscar Romero
diante das constantes ameaças de morte que sofria por defender os direitos dos
pobres e sofredores: “A palavra fica. Este é o grande conforto daquele que
prega. Apagar-se-á minha voz, mas a minha palavra, que é Cristo, ficará” (idem).
Olhando para o martírio de João
Batista, somos animados a viver nossa vocação de profetas e profetizas
denunciando as práticas pecaminosas dos que detêm o poder, constituindo-se em
raiz de uma sociedade economicamente injusta e socialmente desigual.
Deus nos dê a graça de jamais
sentarmos à mesa do banquete da morte, oferecido pelos Herodes de hoje,
fazendo-nos cúmplices do mal, da injustiça e da violência. Ao contrário,
participemos do banquete da vida que Jesus nos oferece, tornando-nos seus discípulos,
anunciadores da verdade, da justiça e do amor. O nosso testemunho fale por
nós.
Ó Pai, dá-nos a coragem de João Batista para anunciar com fidelidade tua Palavra que liberta e salva; livra-nos de participar dos banquetes da morte tão presentes em nosso mundo. Amém!
Amém!
ResponderExcluirSenhor, ajuda- nos para que não venhamos repetir as atitudes do Herodes de ontem e dos de hoje.Perdoa- me pelas vezes que fui Herodes no dia a dia da minha comunidade!
ResponderExcluirAmém!
ResponderExcluirAmém
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