A glória que nos transfigura

Quarta-feira da 18ª Semana do Tempo Comum

6 de agosto de 2025

Transfiguração do Senhor - Festa

 

Leituras:

Dn 7,9-10,13-14 ou 2Pd 1,16-19

Sl 96(97),1-2.5-6.9 (R. 1a.9a)

Lc 9,28b-36

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins

 

A palavra-chave nesta cena da transfiguração, segundo São Lucas, parece ser o conteúdo da conversa de Jesus com Moisés e Elias, símbolo da Lei e dos Profetas. Eles “falavam sobre o êxodo de Jesus que se consumaria em Jerusalém” (Lc 9,31). Discutiam, portanto, sobre a morte e ressurreição de Jesus, o êxodo definitivo da libertação de toda humanidade.

Segundo o Papa Francisco, “a transfiguração de Cristo indica-nos a perspectiva cristã do sofrimento. O sofrimento não é sadomasoquismo: ele é uma passagem necessária, mas transitória. O ponto de chegada para o qual somos chamados é luminoso como o rosto de Cristo transfigurado: n’Ele encontram-se a salvação, a bem-aventurança, a luz, o amor ilimitado de Deus. Mostrando assim a sua glória, Jesus assegura-nos que a cruz, as provações e as dificuldades com as quais nos debatemos têm a sua solução e superação na Páscoa” (Papa Francisco, 17.03.2022).

Os três discípulos que acompanhavam Jesus – Pedro, Tiago e João - dormiam e, quando acordam, veem a glória de Jesus. Ficam fascinados e sem palavras diante desse fato extraordinário. É quando Pedro propõe que sejam feitas três tendas para ali permanecerem. Não consegue compreender, ainda, que esta glória de Jesus, da qual todos os seus discípulos são chamados a participar, só é alcançada por quem faz o caminho da Cruz no seguimento fiel a Jesus Cristo.

A nuvem que os cobre, causando medo nos três discípulos, remete-nos à nuvem que acompanhou o povo de Deus no deserto (Ex 24,15-18). Traduz a presença permanente de Deus junto de seu povo. Agora, Deus se faz presente por meio de seu filho, o Escolhido. É preciso escutá-lo, isto é, aderir com toda determinação à sua vida e ao seu projeto de libertação.

Senhor Jesus, permite-nos subir a montanha contigo a fim de contemplarmos tua glória e escutarmos o que dizes, fazendo de tua transfiguração a “descoberta do ‘eu profundo’, da própria realidade pessoal e do mistério divino que habita em nós”. Amém!

Comentários

  1. Leitura da Profecia de Daniel.
    Na vida e atitudes de Jesus, o Pai instala o tribunal, abre os livros, julga a humanidade, mostra-nos o que é bom e o que é condenável.

    Leitura da Segunda Carta de São Pedro.
    Pelo caminho de vida que Jesus inaugurou entre nós, Ele nos é a “lâmpada que brilha em lugar escuro”.

    Vamos refletir o evangelho de hoje Lc 9,28-36
    Jesus é plenamente humano, nasceu de Maria; é também plenamente divino, Ele vem das nuvens do céu. A transfiguração revela essa realidade profunda de Jesus. Ser plenamente humano e divino é o que em Jesus agradou ao pai, é o que o pai sonha para todos nós, “este é o meu Filho bem- amado, no qual ponho o meu bem- querer “. Transfigurados como Jesus, estaremos transfigurando, divinizando as realidade terrenas, construindo o paraíso sonhado por Deus!

    Senhor, dai-nos sabedoria de de ouvir para assim saber falar, e nos ajude a criar um mundo melhor que descubra o seu profundo eu e da própria realidade pessoal e do mistério divino que habita em nós. Amém

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