Fazer-se pequeno

Terça-feira da 19ª Semana do Tempo Comum

12 de agosto de 2025

 

Leituras:

Dt 31,1-8

Dt 32,3-4a.7.8.9 e 12

Mt 18,1-5.10.12-14

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins

A curiosidade dos discípulos que os leva a perguntar a Jesus quem é o maior no Reino de Deus pode ser também nossa. Afinal, tendemos sempre a pensar o Reino e seus valores a partir de categorias humanas, tendo nossa experiência como referência para falar do Reino. Daí a necessidade de saber quem é o maior no Reino, uma vez que a sociedade humana se estrutura hierarquicamente, distinguindo o maior do menor; o mais importante do menos importante ou insignificante.

A resposta de Jesus contraria a lógica humana ao apresentar uma criança como a grande referência do Reino. A criança é o pequenino que não pode ser desprezado. Quem quiser ser grande no Reino, precisa se fazer pequeno como criança aqui na terra (cf. Mt 18,4). 

Por que as crianças são referência para o Reino? Por que elas “sabem confiar, sabem que alguém se preocupará com elas, com o que hão de comer, com o que vestirão e assim por diante (cf. Mt 6, 25-32)” (Papa Francisco, ângelus 15.11.2017). Assim também o discípulo de Cristo deve colocar toda confiança em Deus e não em si mesmo, numa atitude de presunção e arrogância que o afasta do Reino.

O caminho, portanto, é a conversão sem a qual não se entra no Reino – “Se vocês não se converterem... vocês não entrarão no Reino” (Mt 18,3). A conversão, nesse contexto, implica o rebaixamento ao nível dos pequeninos representados ali pela criança. Quem são esses pequeninos que o Pai não quer que se percam? São as “crianças e meninos desprovidos e abandonados pelos grandes; pobres, humildes de condições, necessitados de toda espécie; pecadores” (Missal Cotidiano).

A comunidade dos cristãos tem o dever de proteger esses pequeninos. Ela só o faz a partir de uma conversão que leva seus membros a se identificarem com eles. Como temos protegidos os pequeninos do Pai? 

Senhor, dá-nos a graça de uma verdadeira conversão a fim de que, fazendo-nos pequenos, obtenhamos a graça de entrar no teu Reino. Amém!

Comentários

  1. Somos convidados a proteger os pequenos de Jesus.Como têm sido minha atuação em busca da conversão?

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  2. Leitura do Livro do Deuteronômio.
    Moisés cumpriu a sua missão com fidelidade, e passa para Josué continuar.

    Assim como a criança tem necessidade de tudo e de todos, também nós dependemos de Deus; e por isso devemos querer o novo nascimento trazido pela conversão.
    Jesus usando comparação tomada de seu ambiente, fala-nos do Pai misericordioso, que até parece ter preferência pelo filho perdido nos caminhos da vida. Tinha um modo ou de outro, somos nós este filho. É muito bom saber que, apesar de tudo, o Pai fica a nossa espera, pois Ele nos de volta, Ele sai a nossa procura, quase que esquece os filhos, filhas fieis, que nunca fugiram para além das cercas. Nunca Deus nunca esquece seus filhos e filhas.

    Senhor, daí-nos a graça da verdadeira conversão e daí-nos a fé e a esperança. Amém

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