Mártir na alma

Segunda-feira da 24ª Semana do Tempo Comum

15 de setembro de 2025

Nossa Senhora das Dores - Memória

 

Leituras (próprias):

Hb 5,7-9

Sl 30(31),2-3a.3bc-4.5-6.15-16.20 

Jo 19,25-27

 

Por Pe. Geraldo Martins

Nossa Senhora ocupa um lugar muito especial em nosso coração. Desde tenra idade, aprendemos a chamar Maria de ‘nossa Mãe’. Devemos isso, em primeiro lugar, ao próprio Jesus que, não bastasse doar sua vida na cruz para nos libertar, entregou-nos também sua mãe para ser a nossa mãe. E o faz no momento mais agudo de sua dor, já pregado na cruz – “Mulher, este é o teu filho... Esta é tua mãe!” (Jo 19,26.27).

Na crucificação de Jesus, chama atenção a presença de Maria, acompanhada de outras mulheres. O evangelista faz questão de destacar que elas estavam de pé e perto da cruz (cf. Jo, 19,25). Este detalhe é interessante porque revela a coragem e a força de Maria no momento mais doloroso de sua vida. Associando-se à paixão de seu filho, ela não se curva diante da dor e do sofrimento. Nesse momento, mais do que outros, Maria sente cumprir a profecia do velho Simeão que lhe dissera: “uma espada traspassará tua alma” (Lc 2,35)

São Bernardo vai dizer que Maria é mártir na alma. Explica o santo: “A violência da dor penetrou em tua alma e nós te proclamamos, com justiça, mais do que mártir, porque a compaixão ultrapassou a dor da paixão corporal. (...) Oh! que troca incrível! João, Mãe, te é entregue em vez de Jesus, o servo em lugar do Senhor, o discípulo pelo Mestre, o filho de Zebedeu pelo Filho de Deus, o puro homem, em vez do Deus verdadeiro. (...) Não vos admireis, irmãos, que se diga ter Maria sido mártir na alma” (Liturgia das Horas).

“Um povo que é mais dor do que pecado”, como lembra a canção do padre José Antônio, recorre com toda confiança à “Mãe das dores” solicitando-lhe a mesma força que a levou a suportar e superar o sofrimento. Como Mãe solícita, ela ouve os clamores de seus filhos e filhas, apresentando-os a Cristo, nosso salvador. Recorramos sempre a ela a fim de permanecermos de pé quando a dor e o sofrimento baterem à nossa porta.

Senhora da Piedade, a vós recorremos em nossas necessidades. Fortalecei-nos diante da dor e do sofrimento e intercedei sempre por nós a fim de alcançarmos o amor que vosso filho nos mereceu. Amém!

Comentários

  1. Nossa Senhora das Dores, mãe solicita, amável e admirável, interceda a Jesus teu Filho pelas nossas dores e pelo mundo inteiro que sofre a dor da guerra, da falta de respeito pela vida humana.

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  2. Leitura da Carta aos Hebreus .
    Cristo ouviu e obedeceu completamente o Pai, entregou-se à sua vontade e tornou-se a salvação de todos os que lhe obedecem.
    Deus aceitou a dolorosa a morte de seu Filho, fazendo-o sacerdote eterno que salva a todos os que tomam sua vida como norma de vida.

    É dura a profecia que a mãe ouviu de Simião, em pé, mas ela guardou tudo em silêncio, pois estava disposta a assumir com Jesus à missão.
    Maria, mantém-se do mesmo modo aos pés da cruz. Se sabemos em que acreditamos, nos mantemos sempre em pé.

    Ó Mãe Maria da Piedade nos ajude a nos manter de pé diante das nossas dores e sofrimentos. Amém

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