O protagonismo da mulher na missão

Sexta-feira da 24ª Semana do Tempo Comum

19 de setembro de 2025

 

Leituras:

1Tm 6,2c-12

Sl 48(49),6-7.8-10.17-18.19-20

Lc 8,1-3

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Por Pe. Geraldo Martins

Chama atenção nesta passagem de São Lucas a presença das mulheres na missão de Jesus. O texto cita o nome de apenas três delas – Maria Madalena, Joana e Suzana – que foram curadas por Jesus, mas enfatiza que havia várias outras (Lc 8,3). Elas não o acompanham de maneira passiva, mas desempenham importantes atividades e, ao que parece, em nada se diferenciando dos doze apóstolos.

Ao admitir mulheres em seu grupo de discípulos, Jesus quebra tabus e preconceitos que colocavam a mulher em situação inferior ao homem, resultado da cultura machista e patriarcal, característica da sociedade de ontem e de hoje. Missionárias, elas participam do ministério de Jesus tal como os doze apóstolos (Lc 8,2).

Maioria nas nossas assembleias litúrgicas e nas atividades pastorais de nossas comunidades, as mulheres exercem seu apostolado de tal forma que, sem sua presença na Igreja, a evangelização estaria comprometida e o mandado de Jesus de fazer sua boa nova chegar a todos os povos seria ainda mais difícil. Basta olhar para os grupos de nossas pastorais e para as coordenações de nossas comunidades para constatamos essa verdade.

Por essas e muitas outras razões, se reclama um reconhecimento maior dessa presença e participação da mulher na Igreja, inclusive nas instâncias de decisão. O próprio papa Francisco nos chama atenção para isso. “Ainda é preciso ampliar os espaços para uma presença feminina mais incisiva na Igreja. Porque ‘o gênio feminino é necessário em todas as expressões da vida social; por isso deve ser garantida a presença das mulheres também no âmbito do trabalho’ e nos vários lugares onde se tomam as decisões importantes, tanto na Igreja como nas estruturas sociais” (EG 103)

Aos membros do Pontifício Conselho da Cultura, em 2015, o papa disse que é preciso “estudar critérios e modalidades novas a fim de que as mulheres não se sintam hóspedes, mas plenamente participantes nos vários âmbitos da vida social e eclesial. A Igreja é mulher, é a Igreja e não o Igreja. Este é um desafio que não se pode mais adiar”.

Senhor Jesus, ajuda-nos a combater toda forma de discriminação e preconceito contra a mulher, vítima do machismo e do patriarcalismo que a violentam e a desfiguram em sua dignidade e grandeza. Recompensa as mulheres em sua luta por justiça e igualdade, na Igreja e na sociedade. Amém!

Comentários

  1. Leitura da primeira carta de São Paulo a Timóteo.
    A primeira E mais evidente preocupação do evangelizador precisa ser o interesse pela fé, vivendo na verdade e procurando bem para os outros.

    Nasce um pequeno rebanho composto de homens e mulheres, raízes da Igreja e de todo Povo de Deus; porém, todos são chamados ao serviço do Reino.
    Homens e Mulheres são chamados ao discípula ado de Cristo, pois todos têm o mesmo dever, pelo batismo, de participar do anúncio do evangelho.

    Senhor, nos ajude a sermos verdadeiros evangelizadores da fé e da esperança combatendo os preconceitos. Amém

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  2. Precisamos de uma presença feminina mais incisiva na Igreja. Porque ‘o gênio feminino é necessário em todas as expressões da vida social; por isso deve ser garantida a presença das mulheres também no âmbito do trabalho’ e nos vários lugares onde se tomam as decisões importantes, tanto na Igreja como nas estruturas sociais” (EG 103

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