A coragem do profeta

Quinta-feira da 30ª Semana do Tempo Comum

30 de outubro de 2025

 

Leituras:

Rm 8,31b-39

Sl 108(109),21-22.26-27.30-31 (R. 26b)

Lc 13,31-35

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Por Pe. Geraldo Martins


As reações à missão de Jesus eram variadas, dependendo do lugar e da posição das pessoas. De um lado, havia aqueles que se maravilhavam com seus ensinamentos e buscavam Jesus para ouvi-lo e serem curados por Ele (Lc 6,18). Do outro lado estavam os que se opunham aos seus ensinamentos e à sua posição em favor dos mais pobres. Desses é que vinham as ameaças como ouvimos no evangelho de Lucas na liturgia de hoje.

À ameaça de morte que vem da parte de Herodes, símbolo do poder político e econômico opressor, Jesus responde com a coragem de profeta que não brinca com a vida, mas também não abandona sua missão. Chama Herodes de raposa, isto é, uma pessoa astuta, maldosa, e mostra que Jerusalém se tornou uma referência no desprezo e na violência contra os profetas. O verdadeiro profeta não perde oportunidade e denuncia a todo momento a atitude dos que oprimem e matam os filhos e filhas de Deus.

 Ontem como hoje, a resposta dos que são contrariados pelos profetas é sempre a violência no seu grau máximo. Seguindo as pegadas de Jesus, há muitos que derramaram seu sangue na luta por justiça e pela vida do povo. São os mártires da caminhada que não se calaram diante dos Herodes dos tempos atuais. Um deles, Dom Oscar Romero, arcebispo de El Salvador, canonizado pelo papa Francisco em 2018, diante das constantes ameaças que sofria por defender a vida e os direitos dos pobres, dizia: “Se me matarem, ressuscitarei na vida do povo”.

Senhor, dá-nos a coragem dos profetas e profetizas para não nos calarmos diante dos que ameaçam a vida de teus filhos e filhas. Faz-nos profetas e profetizas de teu Reino a exemplo de teu Filho Jesus. Amém!

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