Necessidade de rezar

Quarta-feira da 27ª Semana do Tempo Comum

8 de outubro de 2025

 

Leituras:

Jn 4,1-11

Sl 85(86),3-4.5-6.9-10 

Lc 11,1-4

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Por Pe. Geraldo Martins

A necessidade de rezar, por um lado, revela o reconhecimento de nossa pequenez e de nossa incapacidade de superar nossas carências por nós mesmos. Por outro lado, nos dá a consciência de que Deus está sempre próximo de nós, pronto a nos ouvir e atender, fortalecendo-nos com sua graça, atendendo-nos em nossas indigências.

Diante do testemunho de Jesus que sempre se colocava em oração (cf. Lc 3,21; 6,12; 9,29; 11,1), os discípulos se despertam para essa prática e lhe pedem que lhes ensine rezar (Lc 6,1). Eis aí uma primeira lição deste texto de Lucas: a oração aprende-se. De fato, não poucas pessoas dizem não saber rezar. E talvez não o saibam por não compreenderem o que seja a oração.

Quando descobrimos que a oração é um colocar-se diante de Deus, numa sintonia de amor, já estamos rezando. Para tanto, é preciso criar espaço, tempo e clima apropriado. Sem um mínimo de exclusividade, pode haver muita interferência em nossa conexão com Deus.

A oração não exige muitas palavras, nem muitas fórmulas. Esta é a segunda lição que podemos tirar deste evangelho. Jesus ensina que, na oração, basta reconhecer a Deus como Pai, santificando seu nome e deixando-se conduzir por seu modo de agir, daí os dois pedidos: santificado seja teu nome e venha o teu Reino (cf. Lc 11,2). Os três pedidos seguintes – o pão de cada dia, o perdão dos pecados e a proteção contra a tentação (Lc 11,4) – tratam de necessidades que todo ser humano tem e que não é capaz de suprir sem o auxílio divino.

A oração traz Deus a nós e nos coloca em Deus. Ela nasce da fé e da confiança que temos nele. Ela alimenta nossa esperança. Dela deveríamos sair sempre alegres e relaxados. E não é o que acontece com algumas pessoas que saem da oração de espírito abatido, tristes e com uma espécie de medo de Deus como se Ele castigasse. A verdadeira oração nos convida a colocar todas as nossas preocupações em Deus porque ele cuida de nós (cf Sl 55,23; 1Pd 5,7).

Senhor, ouve nossa oração e vem em nosso auxílio. Socorre-nos em nossas necessidades e dá-nos a graça de sempre te louvar e bendizer por tua misericórdia e bondade que são infinitas. 

Comentários

  1. Quando descobrimos diante de Deus, numa sintonia de amor, já estamos rezando. Para tanto, é preciso criar espaço, tempo e clima apropriado. Sem um mínimo de exclusividade, pode haver muita interferência em nossa conexão com Deus.

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  2. A Oração sempre faz bem ao coração! Amém!

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  3. Leitura da Profecia de Jonas.
    Devemos aprender que a vida é graça constante, de todos os dias, e Deus não se prende jamais no limite.

    A oração do pão partilhado, do perdão, da solidariedade e da liberdade, é que vence toda tentação do desamor e o egoísmo. Assim a vida divina chega à vida humana.
    Se rezamos com fé sincera, trazemos para bem perto de nós tudo o que Deus nos comunica: pão, liberdade, vida, pois o divino veio para o meio de nós.

    Senhor, nos ensina a rezar, ouve as nossas orações, vem em nosso auxílio com toda a sua misericórdia. Amém

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