Os sinais de Jesus

 Segunda-feira da 28ª Semana do Tempo Comum

13 de outubro de 2025

 

Leituras:

Rm 1,1-7

Sl 97(98),1.2-3ab.3cd-4

Lc 11,29-32

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Por Pe. Geraldo Martins

A sabedoria popular cunhou a expressão “nem Cristo agradou a todos” para traduzir a dificuldade de alguém ser acolhido e reconhecido de forma unânime, mesmo quando realiza ações em favor do povo. De fato, o próprio Cristo experimentou a resistência e a rejeição, apesar dos incontáveis milagres realizados e das inúmeras provas de carinho e ternura em favor dos que mais sofriam.

É Jesus mesmo quem revela isso neste trecho do evangelho de Lucas ao classificar a geração que o acompanha de uma “geração má” (Lc 11,29) por lhe pedir um sinal, isto é, “um milagre que exprima e justifique sua autoridade” (Bíblia de Jerusalém). Certamente, Ele não se referia a todo o povo, mas, especialmente, ao grupo dos doutores da lei e dos fariseus, além de outras autoridades que insistiam em desautorizá-lo sempre que ensinava e agia de forma a confrontar suas práticas.

Toda a vida de Jesus é sinal de sua autoridade. O sinal de Jonas colocado por Ele como o único a ser dado (cf. Lc 11,29) faz referência à pregação do profeta que levou os ninivitas a se converterem. “Jesus foi para seu povo o mesmo que Jonas fora para os habitantes de Nínive. O profeta, em nome de Deus, conclamou os ninivitas à conversão e todos eles, sem exceção, fizeram penitência e se voltaram para Deus. Não foi necessário fazer demonstração de milagres. O mesmo deveria acontecer com a geração perversa do tempo de Jesus” (Pe. Pe. Jaldemir Vitório)

Ensina o papa Francisco: “O sinal de Jonas, o verdadeiro, é aquele que nos dá a confiança de ser salvos pelo sangue de Cristo. Quantos cristãos, quantos há, pensam que serão salvos somente pelo que fazem, pelas suas obras. As obras são necessárias, mas são uma consequência, uma resposta ao amor misericordioso que nos salva. Mas as obras, sem este amor misericordioso, não servem. Em vez disso, a ‘síndrome de Jonas’ confia somente na sua justiça pessoal, nas suas obras” (14.10.2013).

Quando nos deixamos guiar pela fé, a exigência de sinal ou de milagres deixa de existir, pois conseguimos perceber as constantes manifestações de Deus em nossa vida. Se temos a garantia de que Deus está conosco e nos guia, de que mais necessitamos? A vida e a fé tornam-se o maior sinal de que Cristo é conosco. Isso nos basta.

Senhor, dá-nos acreditar sempre na Palavra de teu Filho e reconhecer, no cotidiano da vida, os sinais de teu amor e de tua presença que liberta e salva. Amém!

Comentários

  1. Senhor, ajuda-nos a acreditar que o senhor está sempre conosco e guia nossa vida de acordo com seu projeto de amor!

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  2. Leitura
    Início da Carta de São Paulo aos Romanos.
    É impossível separar a pessoa da sua missão, porque todo missionário não mede o projeto de Deus sobre ele, mas sim o assume com firmeza e dedicação.

    Jesus responde aqueles que exijam um sinal, não reconhecendo nele o sinal, a força, o “dedo “ de Deus, acontecendo em sua obra libertadora.
    O sinal maior, pleno e definitivo do amor de Deus para conosco chama-se Jesus Cristo; por isso, não é necessário nenhum outro sinal.
    Deus semeou na história da humanidade, sinais que nos levam à salvação. Mas, de nossa parte, temos de corresponder com eles.

    Senhor, vem em nosso socorro nos ajude a acreditar na tua Palavra e assim façamos chegar a todos e todas a mensagem do evangelho que salva, que gera a vida, que é o verdadeiro sinal, de amor, e de tua presença, que nos liberta e salva. Amém

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