Purificar-se pela caridade

Terça-feira da 28ª Semana do Tempo Comum

11 de outubro de 2025

 

Leituras:

Rm 1,16-25

Sl 18(19A),2-3.4-5

Lc 11,37-41

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Por Pe. Geraldo Martins

Os fariseus sempre mostraram resistência a Jesus que, mesmo sabendo disso, não se fechou ao diálogo com eles como vemos nesse trecho do evangelho de Lucas que mostra Jesus jantando na casa de um deles. Uma lição para nós que, muitas vezes, nos opomos aos que pensam diferente de nós e criamos barreiras à cultura do encontro e do diálogo, como caminho para a construção da paz e da fraternidade, como nos lembrou o Papa Francisco.

O anfitrião de Jesus se admira porque seu convidado não cumpre a lei de lavar as mãos antes da refeição. Este era um dos motivos dos conflitos dos fariseus com Jesus que sempre se colocava de modo muito livre diante da lei. Aqui ele mostra que de nada adianta a preocupação com o exterior se este não reflete o interior. A limpeza exterior só faz sentido quando for reflexo da pureza interior. E o que purifica o interior é a caridade, é a prática do bem, é o serviço aos irmãos e irmãs que mais necessitam – “deem esmola do que possuem e tudo ficará puro para vocês” (Lc 11,41).

Esse ensinamento de Jesus nos faz pensar na nossa prática de fé. Se as manifestações de nossa fé como nossa participação nas celebrações e nos sacramentos não forem acompanhadas de obras que transformem a vida de nossos irmãos e irmãs, seremos merecedores da mesma censura que Jesus fez ao fariseu que o convidou para jantar.

“Quando a pessoa abre seu coração e se torna sensível para com o irmão carente, partilhando com ele seus bens, tudo se torna puro para ela. Esta é a melhor forma de eliminar o egoísmo, único fator de contaminação do coração humano. Quando o coração é puro, tudo o mais se torna puro” (Pe. Jaldemir Vitório).

Senhor, purifica nosso interior e ajuda-nos a servir nossos irmãos e irmãs, no amor e na caridade. Amém!