Pe. Geraldo Martins
Celebrado pela primeira vez no dia 7 de maio de 1967, o Dia
Mundial das Comunicações nasce por determinação do Concílio Vaticano II com o
objetivo de fortalecer o apostolado da Igreja em relação aos meios de
comunicação, além de orientar os católicos a rezar e colaborar com a
sustentação dos meios de comunicação da Igreja. Comemorado na festa litúrgica
da Ascenção do Senhor, esse dia torna-se oportunidade de reflexão sobre a
comunicação como serviço à vida e à dignidade humana.
Fundamento da comunicação, a verdade é a base da mensagem do
papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações deste ano. Sua motivação está
na condenável prática das fake news,
cada vez mais presentes nas relações interpessoais, sobretudo, no mundo virtual.
As fake news, na expressão do papa, são
“informações infundadas, baseadas em dados inexistentes ou distorcidos, que
tendem a enganar e até manipular o destinatário. A sua divulgação pode visar
objetivos prefixados, influenciar opções políticas e favorecer lucros
econômicos”. Por isso, devemos ficar atentos ao que recebemos e ao que
compartilhamos para não sermos propulsores do mal.
Identificar as falsas notícias é tarefa exigente. A
capacidade criativa dos que as constroem e divulgam, confunde até mesmo os mais
experientes. “O antídoto mais radical ao vírus da falsidade é deixar-se
purificar pela verdade”, diz o papa para quem o discernimento da verdade exige
“examinar aquilo que favorece a comunhão e promove o bem e aquilo que, ao
invés, tende a isolar, dividir e contrapor”.
Para vencer as falsas notícias, as pessoas precisam adotar
novas posturas diante do poder e do alcance dos meios de comunicação. É dever
de todos informar com base nos princípios da verdade e da ética, sobretudo, os
que exercem a profissão de produzir e divulgar notícias. A esses,
especialmente, alerta o papa: “Se a via de saída da difusão da desinformação é
a responsabilidade, particularmente envolvido está quem, por profissão, é
obrigado a ser responsável ao informar, ou seja, o jornalista, guardião
das notícias. No mundo atual, ele não desempenha apenas uma profissão, mas
uma verdadeira e própria missão”.
Que a nossa comunicação seja sempre para a verdade e a paz!
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