Evangelho: Mt 25,1-13
A parábola das dez jovens
insensatas e prudentes são um convite à reflexão sobre como nos preparamos para
o encontro definitivo com o Cristo. Essas jovens são símbolo dos cristãos que
esperam o Cristo tal como a noiva que aguarda a chegada do noivo. Vimos que
cinco delas eram insensatas, imprevidentes. Levaram suas lâmpadas, mas não se
preocuparam com o óleo que as mantém acesas. Representam os cristãos que vivem
a vida despreocupadamente, não alimentam sua fé, trilham o caminho da
displicência, do descompromisso com o evangelho, desdenham da espiritualidade.
As cinco sensatas, que levam o
óleo para abastecer suas lamparinas, simbolizam os cristãos que se esforçam por
pautar sua vida de acordo com o evangelho, alimentando cotidianamente sua fé
pela oração, pela meditação da Palavra, pelo serviço da caridade, pelo
compromisso com a defesa da vida.
Uma interpretação rasa do texto
poderia nos fazer pensar mal das jovens sensatas por não partilharem o óleo com
as imprudentes. Ocorre que ninguém pode viver a fé para o outro e cabe a cada
um alimentar a própria fé. À espera do Cristo, o noivo que vem, cada cristão deve
estar preparado, vigilante, vivendo intensamente sua vida a partir da fé. Quem
não quiser ouvir as duras palavras do noivo – “não conheço vocês” (Mt 25,12) – cuide
de “gritar o evangelho com a vida”, como
dizia o beato Charles de Foucauld.
Santo Agostinho, cuja memória
celebramos hoje, nos ensina com sua vida e testemunho que todo aquele que,
verdadeiramente, encontra o Cristo, age como as jovens sensatas do evangelho. Carregam
consigo o óleo do amor, da caridade, da oração e do serviço aos irmãos que
mantém acesa a luz da fé e nos permite encontrar o noivo e banquetear com ele.
Com ele, rezamos ao Pai: “Tu és
meu Deus, por ti suspiro dia e noite. Desde que te conheci, tu me elevaste para
ver que quem eu via, era, e eu, que via, ainda não era (...). Tarde te amei, ó
beleza tão antiga e tão nova, tarde de amei! Eis que estavas dentro e eu, fora.
E aí te procurava e lançava-me nada belo ante a beleza que tu criaste. Estavas comigo
e eu não contigo. Seguravam-me longe de ti as coisas que não existiriam, se não
existissem em ti. Chamaste, clamaste e rompeste minha surdez, brilhaste,
resplandeceste e afugentaste minha cegueira. Exalaste perfume e respirei. Agora
anelo por ti. Provei-te, e tenho fome e sede. Tocaste-me e ardi por tua paz”.
Amém!
Amém!! Estejamos atentos ao que O Senhor nos fala...🙏🙌
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