Segunda-feira – 31.08.20
Evangelho: Lc 4,16-30
Este texto de São Lucas é
fundamental para entendermos a missão de Jesus. Ungido pelo Espírito do Senhor,
Jesus é enviado para resgatar a vida dos pobres e injustiçados, libertando-os
de toda opressão e miséria. É Ele mesmo quem proclama e interpreta as
Escrituras na sinagoga de sua cidade, diante de seus conterrâneos, para afirmar
que nele se realizam as promessas de Deus anunciadas pelo profeta Isaías.
Uma leitura atenta dos Evangelhos
a partir desse texto de Lucas não deixa dúvidas de que os pobres e sofredores são
os primeiros destinatários da libertação trazida por Jesus. Convicta dessa
verdade, a Igreja da América Latina, num esforço de aplicar eficazmente as
decisões do Concílio Vaticano II, na Conferência de Medellín (1968), proclamou
profeticamente sua opção preferencial pelos pobres, ratificada por todas as
conferências que vieram posteriormente.
Diz Medellin: “O mandato
particular do Senhor, que prevê a evangelização dos pobres, deve levar-nos a
uma distribuição tal de esforços e de pessoal apostólico, que deve visar, preferencialmente,
os setores mais pobres e necessitados e os povos segregados por uma causa ou
outra” (n. 14).
Cabe-nos perguntar como reagimos
aos apelos do Evangelho. Se como os conterrâneos de Jesus que o ignoraram,
querendo até mesmo matá-lo por desmascará-los em seu descompromisso com a vida
dos pobres e marginalizados *Lc 4,29) ou se, ao contrário, assumimos com
coragem profética seu projeto que implica uma luta constante e árdua no combate
às causas da pobreza e da miséria que fazem sofrer os prediletos de Deus.
Nossa prece: “Dai-nos, Deus bondoso, o mesmo Espírito que ungiu vosso Filho para a missão junto aos pobres. Fazei que, animados por sua força e iluminados por sua luz, ajudemos os pobres a se tornarem sujeitos de sua libertação, assistidos sempre por vossa graça e misericórdia”. Amém!
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