Quinta-feira – 29.10.20
Evangelho: Lc 13,31-35
As reações à missão de Jesus eram variadas, dependendo do lugar e da posição das pessoas. De um lado, havia aqueles que se maravilhavam com seus ensinamentos e o buscavam para ouvi-lo e serem curados por Ele (Lc 6,18). Do outro lado estavam os que se opunham aos seus ensinamentos e à sua posição em favor dos mais pobres. Destes é que vinham as ameaças como ouvimos no evangelho de Lucas na liturgia de hoje.À ameaça de morte que vem da parte de Herodes, símbolo do
poder político e econômico opressor, Jesus responde com a coragem de profeta
que não brinca com a vida, mas que também não abandona sua missão. Chama Herodes de
raposa, isto é, uma pessoa astuta, maldosa, e mostra que Jerusalém se tornou
uma referência no desprezo e na violência contra os profetas. O verdadeiro
profeta não perde oportunidade e denuncia a todo momento a atitude dos que oprimem
e matam os filhos e filhas de Deus.
Ontem como hoje, a
resposta dos que são contrariados pelos profetas é sempre a violência no seu
grau máximo. Seguindo as pegadas de Jesus, há muitos que derramaram seu sangue
na luta por justiça e pela vida do povo. São os mártires da caminhada que não se
calaram diante dos Herodes dos tempos atuais. Um deles, Dom Oscar Romero,
arcebispo de El Salvador, assassinado em 1980, recentemente canonizado pelo papa Francisco, diante
das constantes ameaças que sofria por defender a vida e os direitos dos pobres,
dizia: “Se me matarem, ressuscitarei na vida do povo”.
Senhor, dá-nos a coragem dos profetas e profetizas para não nos
calarmos diante dos que ameaçam a vida de teus filhos e filhas. Faz-nos
profetas e profetizas de teu Reino a exemplo de teu Filho Jesus. Amém!
Amém! Amém! Deus nos abençoe!!
ResponderExcluir