A pergunta que muda tudo
Mt 16,13-19
A pergunta de Jesus aos discípulos sobre o que as pessoas pensam dele remete-nos àquele pensamento atribuído a Santo Agostinho: “Só se ama aquilo que se conhece”. É verdade, precisamos conhecer bem a Jesus Cristo para que nosso amor a Ele seja verdadeiro e transformador. E para conhecê-Lo, é necessário que caminhemos com Ele e que escutemos atentos seus ensinamentos.
O texto de Mateus, proclamado nesse dia em que celebramos a
Cátedra de São Pedro, permite-nos, pelo menos, quatro constatações diante da
pergunta “quem dizem ser o Filho do Homem?” (Mt 16,12). A primeira é que uma visão
superficial de Jesus nos leva a confundi-lo com um profeta do passado. Esta visão
é própria daqueles que veem Jesus como um milagreiro, um curandeiro e a Ele
recorrem apenas para se beneficiar de sua caridade. Dificilmente se colocarão como
seus discípulos/as, dispostos a segui-Lo na radicalidade que Ele exige.
A segunda constatação é que essa pergunta de Jesus exige uma
resposta pessoal. A fé é experiência pessoal, ainda que vivida e testemunhada
comunitariamente. Não nos é permitido, portanto, repetir a resposta dos outros –
“alguns dizem que és...”. A resposta de Pedro nasce do seguimento e da convivência
com Jesus, mesmo que a revelação da verdadeira identidade de Cristo lhe venha
do Pai, conforme afirma o próprio Jesus (cf. Mt 16,17). Não podemos ser
cristãos/católicos baseados unicamente numa espécie de hereditariedade – porque
meu avô e minha avó sempre foram católicos, porque minha mãe era católica... A
fé é convicção pessoal a partir da experiência que se faz de Jesus.
A missão nasce da convicção de quem é Jesus. Essa é a
terceira constatação. À afirmação de Pedro: “Tu és o Messias, o Filho do Deus
vivo”, Jesus responde com a missão: “Tu és Pedro e sobre esta pedra construirei
minha Igreja” (Mt 16,18). Não descobre verdadeiramente su missão quem não tiver
convicção de quem é Jesus para ele.
A última constatação é de que nossa vida depende da resposta
que dermos a essa pergunta de Jesus. Ela tem o poder de mudar toda nossa vida.
Só conseguiremos descobrir o rumo de nossa vida no dia em que tivermos clareza
de quem é Jesus para nós. Não podemos ficar repetindo a resposta dos outros,
tampouco podemos afirmar nossa fé a partir da fé dos outros. Se não estivermos
convencidos de quem é Jesus e o que Ele significa para cada um de nós, não nos
encontraremos e viveremos de aparência.
Se levarmos a séria essa pergunta de Jesus, nossa vida se
modificará radicalmente. A história registra um sem números de pessoas que
deram nova direção à sua vida a partir do momento em que descobriram quem é
Jesus como, por exemplo, Santo Inácio de Loyola, São Francisco de Assis, Santa
Clara, Santa Tereza de Ávila, Charles de Foucauld...
Aproveitemos esta Quaresma para, no silêncio e na meditação,
buscarmos em nosso mais profundo interior, a resposta a essa pergunta que nos
desfia sobre a presença de Jesus em nossa vida.
Amém!
ResponderExcluirAmém!! Eu creio Senhor, mas aumentai a minha fé!! Sou testemunha de sua bondade e misericórdia! Amém! 🙏🙌
ResponderExcluirÉ isso....não é uma resposta simples, fácil... porque exige resposta a partir da nosso testemunho e prática efetivos....mas há necessidade de encontrá-la, c urgência... sobretudo em tempos tão sombrios que estamos vivendo... Gratidão pela provocação, Pe. Geraldinho.
ResponderExcluirAmém!
ResponderExcluirO nosso processo de conversão depende da nossa resposta à pergunta que não quer calar: Quem é Jesus?
ExcluirJesus, ÀQUELE que é responsável pela nossa VIDA, e nos mostra a todo momento , quanto ela nos é importante!
ResponderExcluirÉ Aquele que nos deu a vida ,para que vivamos seguindo os seus mandamentos de amarmos uns aos outros e sermos generosos com os mais necessitados
ResponderExcluirO texto é muito profundo,qdo fala da fé.Se temos fé as coisas se tornam mais fáceis para entendermos aquilo que Jesus espera de cada um de nós.Tudo isso resume em uma só palavra:
ResponderExcluirMisericórdia.