A palavra se faz vida

Jesus, nossa libertação

Jo 8,21-30

 Por Pe. Geraldo Martins

A resistência em reconhecer e aceitar Jesus como o enviado do Pai é impedimento para a participação em seu Reino. Este é o recado que Jesus deixa aos fariseus e a todos os que se opõem à sua pessoa e missão, como vemos neste texto de São João – “vocês morrerão em seus pecados” (Jo 8,21). A razão por que isso acontece é clara: “vocês são daqui de baixo e eu sou do alto. Vocês são deste mundo, eu não sou deste mundo” (Jo 8,23).

Enquanto não formos capazes de romper com o nosso apego às coisas deste mundo e viver nossa vocação ao Transcendente, jamais acolheremos Jesus como o “Eu sou” (Jo 8,28), isto é, como o Filho de Deus que assumiu nossa condição humana para nos salvar. Recorde-se que esta expressão é revelada a Moisés quando Deus o envia aos israelitas com a missão de libertá-los das garras do faraó no Egito e lhe diz: “Assim você dirá aos israelitas: Eu Sou me enviou até vocês” (Ex 3,14). Trata-se, portanto, do nome de Deus e significa sua permanente presença junto ao seu povo.

Jesus é o novo Moisés que vem para libertar, com sua vida, toda a humanidade da escravidão do pecado e do mal. Em sua missão, mostra-se plenamente identificado com o Pai que não o abandona – “quando tiverem elevado o Filho do Homem, então saberão que Eu Sou” (Jo 8,28). Esta elevação se dá com sua morte na cruz, mas, sobretudo, com sua ressurreição quando, então, entrará na glória do Pai.

Se quisermos participar da glória do Pai só há um caminho: crer em Jesus e acolhê-lo como salvador e libertador. Isso significa romper com tudo aquilo que nos impede de viver os valores do Reino e assumir como nosso o projeto de Jesus que é a defesa da vida e da justiça. Por este projeto Ele se entregou, livremente, no amor, até a morte na cruz.

Nossa identificação com Jesus e com seu projeto exigirá conversão diária e luta permanente contra a tentação da incredulidade e do desânimo, sobretudo, nesse tempo da pandemia em que somos desafiados a manter viva e forte nossa esperança. Peçamos esta graça a Deus ao nos aproximar da Páscoa, a grande festa da libertação em que afirmamos nossa fé na vitória do bem sobre o mal.  

Comentários

  1. Peçamos a Deus a graça da profunda humildade porque só por ela nos aproximamos de Jesus

    ResponderExcluir
  2. Pai, nos ajude a acreditar mais e a termos mais esperança para assim aproximarmos da Páscoa com o coração aberto e convictos de que só Jesus é o caminho para a nossa verdadeira conversão. Amém!

    ResponderExcluir
  3. Que possamos a cada dia ,próxima da Páscoa de Jesus e

    ResponderExcluir
  4. Jesus Cristo é o Filho unigênito de Deus Pai! Essa é a nossa fé.

    ResponderExcluir
  5. Amém!!! Resistir é preciso...desapegar do nso antigo eu tbem... se quisermos continuar vivendo, pra alcançar e promover a vida nova e plena.... Gratidão pela reflexão sempre benéfica.

    ResponderExcluir
  6. Senhor, dá- me a graça da verdadeira. Conversão ,para preparar - me. bem para a Páscoa. que se aproxima,um coração contrito fazendo o que Jesus nos ensina : Amar , como eu vós amei ! Muitas graças, pelas belíssimas reflexões ,que só nos ajuda cada vez mais sermos firmes na Fé, acreditando cada vez mais. em Jesus,em Deus. ! Gratidão ,sempre ! .

    ResponderExcluir

Postar um comentário