A Palavra se faz vida

Qual a nossa opção?

Jo 6,60-69

Por Pe. Geraldo Martins 

O discurso de Jesus na sinagoga em Cafarnaum provoca duas reações distintas. De um lado, um grupo que decide abandonar Jesus por achar demasiado dura sua palavra. São aqueles que não entendem e, por isso, não aceitam o que disse Jesus. Por outro lado, há os doze que, provocados por Jesus se também não querem abandoná-lo, respondem por meio de Pedro que só Jesus tem palavras de vida eterna e que só a Ele se pode recorrer.

Para aqueles que se fecham à graça, as palavras de Jesus são duras demais; para aqueles que se deixam guiar pela luz do Espírito, as palavras são de vida eterna.  Só estes podem afirmar com toda convicção: “Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus” (Jo 6,69).

O seguimento a Jesus exige a fé que faz compreender e acolher sua palavra. Trata-se de uma decisão livre que nasce da experiência do encontro com Jesus que implica ouvir sua palavra e abrir-se à sua verdade. Quem não se deixa guiar pelo Espírito, priva-se da alegria de se tornar discípulo de Jesus. Diante disso perguntemo-nos? A qual dos dois grupos pertencemos? Como soam em nossos corações as palavras de Jesus?

Nesse tempo da pandemia em que, muitas vezes, nos sentimos cansados, abatidos e, às vezes, até perdidos, reafirmemos nossa fé no Crucificado-Ressuscitado e deixemo-nos guiar por sua palavra. Ela é capaz de iluminar o que não vemos e apontar o caminho que nos garante a verdadeira vida.