A Palavra se faz vida

A missão do Defensor

Jo 16,5-11

Por Pe. Geraldo Martins

Quando nos identificamos com uma pessoa e nos acostumamos com sua presença, é natural que sintamos tristeza com sua ausência. Não foi diferente com os discípulos na sua relação com o Cristo. Ouvindo dele mesmo que chegara sua hora de partir deste mundo, além de tristes, ficaram como mudos a ponto de nem perguntar para onde Ele iria. Jesus, no entanto, explica que sua ida para o Pai é a garantia de sua presença junto deles por meio do Espírito Santo. A partir de então, deixará de estar com eles para estar neles através do Defensor que lhes enviará.

A missão do Espírito Santo é iluminar os caminhos e esclarecer as dúvidas, sobretudo, em relação ao próprio Cristo e sua missão no mundo. Assim, por sua sabedoria, somos capazes de compreender o pecado, a justiça e o julgamento, como nos fala Jesus. Trata-se, na verdade, da compreensão que o mundo tem de Jesus que morre na cruz para nos salvar.  

O Espírito Santo faz ver o pecado que é a rejeição a Jesus, ou seja, a incredulidade na revelação de que Ele é o Filho de Deus (Jo 16,9). Com isso, aponta a incoerência dos que afirmam crer em Jesus, mas fazem o contrário do que Ele ensinou. O Paráclito mostra, ainda, a justiça que é a confirmação da veracidade do testemunho de Jesus que cumpre integralmente a vontade do Pai. Rejeitar esta verdade é receber a condenação por resistir ao amor de Deus revelado em seu Filho. Por fim, é o Espírito Santo quem mostrará a derrota do mundo que pensara ter derrotado Jesus ao condená-lo morrer na cruz.

Esta palavra de Jesus deve nos encorajar para enfrentar o mundo quando este se opõe ao Evangelho. A certeza do Espírito Santo agindo em nós fortalece nossa fé, revigora nossas forças e nos faz destemidos na luta em favor do Reino de Deus que Jesus mostrou presente entre nós. Se nos deixarmos guiar pelo Defensor que Jesus nos envia, venceremos as perseguições e sofrimentos que acompanham os discípulos e discípulas de Jesus.