A Palavra se faz vida

A força da oração

Jo 16,23-28

Por Pe. Geraldo Martins

Em nossa vida de fé, há um elemento fundamental que estabelece nossa relação com Deus. Trata-se da oração que é, por um lado, o reconhecimento de nossa pequenez e indigência, e, por outro lado, a confirmação da grandeza e do poder de Deus que nos auxilia sempre que a Ele recorremos. Somos, portanto, dependentes de Deus.

Ao revelar aos seus discípulos que o Pai está pronto para dar-lhes o que pedirem, Jesus aponta a oração como caminho para suprir nossas necessidades. Mais que isso. Jesus mostra que, sem o auxílio do Pai, ninguém consegue cumprir sua missão. Observemos, no entanto, que é pelo Cristo que se dirige ao Pai - “se pedirem ao Pai alguma coisa em meu nome, ele lhes dará” (Jo 16,23b). Por isso, na liturgia, a oração é sempre dirigida ao Pai por meio do Filho no Espírito Santo.

Jesus garante que o pedido será atendido – “peçam e receberão” (Jo 16,24). E isso é motivo de alegria. Deus, realmente, não decepciona. Às vezes ocorre de não compreendermos o modo como ele nos atende e, então, reclamamos e dizemos que pedimos em vão, que Deus não nos atendeu. 

Há muitas pessoas que dizem assim: “não tenho nada a pedir, só a agradecer”. Falam isso para expressar o quanto de graça já receberam de Deus. É bonito isso. Jesus, porém, não censura a súplica, o pedido. Ao contrário, incentiva que se dirijam súplicas ao Pai porque é dele que nos vêm as graças de que necessitamos. Vemos isso não só aqui como também em outras passagens. A própria oração do Pai Nosso que ele ensinou é prova disso.

A oração, contudo, deve brotar de nossa fé em Jesus Cristo. “A oração feita em nome de Jesus é a oração que nasce de uma profunda intimidade com ele, que nos leva a interpretar e assumir os seus sentimentos, desejos e aspirações. Em outros termos, é fazer Jesus rezar dentro de nós” (Missa cotidiano). Façamos assim e a alegria habitará sempre o nosso coração.