A Palavra se faz vida

Sair e anunciar

Mt 10,7-15

Por Pe. Geraldo Martins

Enviados para a missão, os apóstolos recebem instruções de Jesus quanto ao conteúdo da missão, ao procedimento do missionário e à reação dos destinatários da missão. Meditemos sobre estes três aspectos da missão.

A mensagem que o missionário anuncia é que o Reino de Deus está próximo. Este anúncio se dá mediante a palavra e a ação. Por isso Jesus lhes dá o poder para curar doentes, ressuscitar mortos, purificar leprosos, expulsar demônios (Mt 10,8). Aí estão os primeiros destinatários da missão: os pobres, marginalizados e excluídos – são os lascados da vida. Para estes, a missão significa o fim de seu sofrimento e de sua dor, o ressuscitar da esperança de uma vida nova traduzida no resgate de sua dignidade e no respeito aos seus direitos.

A eficácia da missão, porém, dependerá, em grande parte, do modo como o missionário se comportará. Dele Jesus exige duas atitutdes fundamentais: despojamento e abandono na providência divina. Uma é consequência da outra. Nada deve prender quem se dispõe ao anúncio do Reino. O ter, o possuir, o acumular escravizam a pessoa. Não levar dinheiro, nem sacola, nem duas túnicas, nem sandália, nem bastão é a prova mais clara de sua confiança naquele que chama e envia.

Mesmo com todo esse testemunho, o missionário poderá ter a mensagem rejeitada. Ele não deve se iludir. Sempre há os que resistem ao Reino e, pior ainda, opõem-se a ele. Nada, no entanto, deve ser causa de desespero (cf Mt 10,12). O missionário tem consciência de que não é desamparado por aquele que o envia. O próprio Cristo o disse: “eis que eu estou com vocês todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28,20).

É o Papa quem nos encoraja: “Saiamos, saiamos para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo! (...) prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. (...) Se alguma coisa nos deve santamente inquietar e preocupar a nossa consciência é que haja tantos irmãos nossos que vivem sem a força, a luz e a consolação da amizade com Jesus Cristo, sem uma comunidade de fé que os acolha, sem um horizonte de sentido e de vida” (Evangelii Gaudium, 49).

Comentários

  1. Que Deus nos dê a graça de sermos despojados sem acumular bens.O ter o possuir o acumular escravizam as pessoas. Saíamos para oferecer a todos a vida de Cristo.

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  2. Precisamos levar com mais determinação o Reino de Deus que está no meio de nós

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  3. Que tenhamos sensibilidade para perceber e aderir corajosamente à missão de anunciar e testemunhar por meio de ações comprometidas com a vida de que o "Reino de Deus está próximo".

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  4. Pelo batismo somos impelidos a evangelizar.

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