Sair e anunciar
Por Pe. Geraldo Martins
A mensagem que o missionário anuncia é que o Reino de Deus
está próximo. Este anúncio se dá mediante a palavra e a ação. Por isso Jesus
lhes dá o poder para curar doentes, ressuscitar mortos, purificar leprosos,
expulsar demônios (Mt 10,8). Aí estão os primeiros destinatários da missão: os
pobres, marginalizados e excluídos – são os lascados da vida. Para estes, a
missão significa o fim de seu sofrimento e de sua dor, o ressuscitar da
esperança de uma vida nova traduzida no resgate de sua dignidade e no respeito aos
seus direitos.
A eficácia da missão, porém, dependerá, em grande parte, do
modo como o missionário se comportará. Dele Jesus exige duas atitutdes
fundamentais: despojamento e abandono na providência divina. Uma é consequência
da outra. Nada deve prender quem se dispõe ao anúncio do Reino. O ter, o
possuir, o acumular escravizam a pessoa. Não levar dinheiro, nem sacola, nem
duas túnicas, nem sandália, nem bastão é a prova mais clara de sua confiança
naquele que chama e envia.
Mesmo com todo esse testemunho, o missionário poderá ter a
mensagem rejeitada. Ele não deve se iludir. Sempre há os que resistem ao Reino
e, pior ainda, opõem-se a ele. Nada, no entanto, deve ser causa de desespero
(cf Mt 10,12). O missionário tem consciência de que não é desamparado por aquele
que o envia. O próprio Cristo o disse: “eis que eu estou com vocês todos os
dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28,20).
É o Papa quem nos encoraja: “Saiamos, saiamos para oferecer
a todos a vida de Jesus Cristo! (...) prefiro uma Igreja acidentada, ferida e
enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e
a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. (...) Se alguma coisa nos
deve santamente inquietar e preocupar a nossa consciência é que haja tantos
irmãos nossos que vivem sem a força, a luz e a consolação da amizade com Jesus
Cristo, sem uma comunidade de fé que os acolha, sem um horizonte de sentido e
de vida” (Evangelii Gaudium, 49).
Que Deus nos dê a graça de sermos despojados sem acumular bens.O ter o possuir o acumular escravizam as pessoas. Saíamos para oferecer a todos a vida de Cristo.
ResponderExcluirPrecisamos levar com mais determinação o Reino de Deus que está no meio de nós
ResponderExcluirQue tenhamos sensibilidade para perceber e aderir corajosamente à missão de anunciar e testemunhar por meio de ações comprometidas com a vida de que o "Reino de Deus está próximo".
ResponderExcluirPelo batismo somos impelidos a evangelizar.
ResponderExcluir