A Palavra se faz vida

 A veste do Banquete do Reino

Mt 22,1-14

Por Pe. Geraldo Martins

Consideremos os personagens desta parábola para compreendermos melhor seu alcance. O rei é Deus; a festa de casamento é a realização do Reino de Deus; o filho do rei é Jesus, o Messias; os empregados enviados referem-se aos profetas e apóstolos; os convidados que não aceitam o convite são os judeus e os das encruzilhadas são os pagãos e pecadores (cf. Bíblia de Jerusalém).

O convite para o banquete do Reino é universal, estende-se a todos, porém, muitos o rejeitam por razões diversas: indiferença, preocupação excessiva com seus próprios negócios, incredulidade. Entre os que acolhem o convite, há quem não use a veste da festa, revelando, portanto, que o banquete do Reino tem suas exigências.

O que seria esta veste da festa? As obras de justiça que devem acompanhar a fé – “Nem todo aquele que diz 'Senhor, Senhor' enrará no Reino dos Céus, mas sim aquele que pratica a vontade de meu Pai que está nos céus" (Mt 7,21); “Mostra-me a tua fé sem as obras e eu te mostrarei a fé pelas minhas obras” (Tg 2,18). Não basta, portanto, dizer sim ao chamado de Cristo. É necessário praticar as obras que Ele praticou, do contrário, seremos retirados da festa.

Esta parábola faz-nos pensar em tantos que dizem 'sim' a Cristo – afirmam-se cristãos e, no caso da Igreja Católica, até recebem os sacramentos -, mas não agem de acordo com o Evangelho. São os convidados sem a veste nupcial. “Ser chamado e responder não significa ser automaticamente salvo. Todos são chamados, mas só é escolhido (salvo) quem decide livremente responder ao convite, não com palavras, mas com fatos” (Liturgia Diária o Pão Nosso de Cada Dia).

Duas perguntas para nossa reflexão e conversão: 1. Já respondemos sim ao convite para o banquete do Reino? 2. Estamos usando a veste própria deste banquete?