Evangelizar os pobres
Por Pe. Geraldo Martins
Todo aquele que se identifica como discípulo ou discípula de
Jesus deve assumir como seu esse mesmo programa de vida. Tal como a Galileia,
onde Jesus inicia seu ministério, a sociedade na qual vivemos é marcada pela
desigualdade social que faz aumentar a pobreza, a exclusão e o descarte de
milhões de irmãos e irmãs.
A missão que nasce de nossa fé e de nossa adesão a Jesus Cristo impele-nos a ser sinal de vida para esses irmãos e irmãs. Nossa tarefa decorre da missão de Jesus e se traduz no anúncio da libertação dos que vivem oprimidos pelas estruturas sociais pecaminosas sobre as quais se sustenta nossa sociedade. Devemos evangelizar os pobres. Isso “significa em primeiro lugar aproximar-nos deles, significa ter a alegria de servi-los, de libertá-los da opressão, e tudo isto em nome e com o Espírito de Cristo, porque é Ele o Evangelho de Deus, é Ele a Misericórdia de Deus, é Ele a libertação de Deus, é Ele quem se fez pobre para nos enriquecer com a sua pobreza” (Papa Francisco 24.01.2016).
Recorda o papa que evangelizar os pobres na perspectiva de
sua libertação não é fazer apenas assistência social ou promover um atividade
política, mas também oferecer a força do Evangelho “que converte o coração,
sara as feridas, transforma as relações humanas e sociais segundo a lógica do
amor. Com efeito, os pobres estão no centro do Evangelho”.
Nem todos compreenderam a missão de Jesus e, por isso, o rejeitaram - "levantaram-se e o expulsaram da cidade" (Lc 4,29). Não será diferente com quem, destemida e profeticamente, se coloca ao lado dos pobres, na defesa de seus direitos e de sua dignidade. Nem por isso devemos nos calar. Nossa omissão faz aumentar a dor e o sofrimento dos excluídos.
Nesse momento delicado que vivemos em nosso país,
nunca é demais repetir o que nos disseram os bispos do Brasil: “A
existência de milhões de empobrecidos é a negação radical da ordem democrática.
A situação em que vivem os pobres é critério para medir a bondade, a justiça, a
moralidade, enfim, a efetivação da ordem democrática. Os pobres são os juízes
da vida democrática de uma nação” (Exigências éticas da ordem democrática, Doc.
42, n. 72).
Transformemos o Evangelho em vida!
Amém!
ResponderExcluirAmém!
ResponderExcluirQue o Espírito Santo nos ilumine para verdadeiramente nos comprometer com a vida de todos os que se encontram marginalizados com esta cultura de morte que não prioriza os direitos e a dignidade humana.
"Transformemos o Evangelho em vida!"
ResponderExcluir- Que assim seja!
Às vezes não fazemos sucesso onde queríamos, mas o Senhor nos envia a alguém a quem nem imaginamos, para que por nosso meio ela possa obter cura e libertação.
ResponderExcluirVdd
ResponderExcluir🙏🙏🙏
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