A Palavra se faz vida

A resposta que muda nossa vida

Mt 16,13-23

Por Pe. Geraldo Martins 

Conhecer profunda e verdadeiramente Jesus. Isso é determinante na nossa vida. Ao revelarmos quem é Jesus, na verdade, revelamos quem somos nós. Por isso, não basta repetir a resposta de outrem à pergunta que Ele faz a cada um de nós – "para vocês, quem sou eu?" (Mt 16,15). Urge buscar no fundo de nosso coração e de nossa mente a resposta pessoal a esta pergunta reveladora.

Pedro torna-se figura central nesse episódio da revelação da identidade de Jesus por dizer que Jesus é o Filho de Deus e, ao mesmo tempo, interpor-se à sua missão dizendo que não passará pela paixão e morte - "Deus não permita tal coisa, Senhor. Isso nunca te aconteça" (Mt 16,22). Por tal resposta, Jesus o repreende e o chama de Satanás, imediatamente após tê-lo confirmado como pedra de sua Igreja. É o ser humano com suas contradições: ora é pedra para construção, ora para tropeço. Quanto mais conhecemos Jesus, menos corremos o risco dessa contradição. 

Reconhecer a identidade de Jesus, portanto, vai muito além de dizer que Ele é o Messias, o Filho de Deus, como fez Pedro. Sua resposta traduzia o que os discípulos e interlocutores de Jesus compreendiam e esperavam de um Messias, ou seja, alguém glorioso, política e economicamente poderoso. Jesus, ao contrário, revela-se simples, pobre, humilde. Assim, reconhecer sua identidade é, antes de tudo, aderir e comprometer-se com Ele, assumindo na própria vida seu projeto de justiça, amor e paz. É compreender sua missão junto aos pobres e sofredores e fazer a mesma opção que Ele fez.

Quando fazemos assim, mais do que revelar a identidade de Jesus, afirmamos nossa própria identidade. “Os melhores amigos, seguidores, apóstolos de Cristo foram sempre aqueles que perceberam um dia dentro de si, a pergunta definitiva, incontornável, diante da qual todas as outras se tornam secundárias e derivativas: ‘Para você, quem sou eu?’”, recorda-nos São João Paulo II (Missa com os jovens em Belo Horizonte – 30.7.1980).

Por isso, “já não basta falar de Jesus repetindo o que outros disseram, é forçoso dizer o que você pensa; já não basta recitar uma opinião, é preciso dar um testemunho, sentir-se comprometido pelo testemunho dado e depois ir até os extremos das exigências desse compromisso” (idem). O que temos a dizer sobre isso? 

Comentários

  1. O seguimento a Jesus requer renúncia , amor e empenho na defesa da dignidade humana. Que Ele nos inspire, fortaleça e perdoe as nossas fraquezas.

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  2. Se não nos identificarmos com Jesus, teremos com Ele um relacionamento superficial, e relacionamento superficial infelizmente não produz frutos ou produz frutos superficiais

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