A Palavra se faz vida

Transfigurar-se em Cristo

Mc 9,2-10

Por Pe. Geraldo Martins

A festa da Transfiguração, celebrada hoje, é a revelação da glória e do esplendor da vida divina que está em Jesus. No monte, lugar das manifestações de Deus, Jesus aparece conversando com Elias e Moisés, que representam o Profetismo e a Lei. Este é um sinal claro de que Cristo, em sua missão, dialoga e cumpre todo o Primeiro Testamento. Representando os demais apóstolos, Pedro, Tiago e João, presenciam tudo e ouvem a ordem: “Este é meu Filho amado. Escutem o que Ele diz” (Mc 9,7).

A glória de Jesus manifestada na transfiguração se confirmará após sua paixão, morte e ressurreição. Portanto, é para a cruz que a transfiguração aponta como a dizer que não há glória sem o calvário. Por isso, Jesus desce da montanha com seus três discípulos a fim de retomar a caminhada da missão que o levará ao sacrifício da própria vida.

Mais do que no aspecto radiante de Cristo transfigurado, devemos nos fixar na palavra que sai da nuvem. É a voz do Pai que manda escutar seu Filho amado (cf. Mc 9,7). Isso significa, não fazer tendas para permanecer ali, como propõe Pedro (cf. Mc 9,5), mas descer o monte e seguir o Cristo no caminho do sacrifício. Só participaremos da glória do Cristo se, antes, tivermos vivido a comunhão com Ele em sua paixão e morte de cruz.

Como concretizar, no hoje de nossa história, a escuta da voz de Cristo? O que Ele nos diz através destas crises pelas quais passamos, aumentadas e evidenciadas pela pandemia, e que nos desafiam tanto? A vida que levamos aponta para nossa transfiguração em Cristo?

Comentários

  1. A oração é a verdadeira transfiguração da alma, do coração e da mente

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  2. Só participaremos da glória do Cristo se, antes, tivermos vivido a comunhão com Ele em sua paixão e morte de cruz.

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