A Palavra se faz vida

 

 Amor e perdão

Lc 7,36-50

Por Pe. Geraldo Martins

Quando tomamos consciência de nossa condição de pecadores, resta-nos uma alternativa: buscar o perdão de Deus. Essa busca se dá mediante a confiança e a fé num Deus que se deixa aproximar e tocar por quem o ofende. Quem faz essa experiência sente tanto o perdão que leva a amar (cf. Lc 7,43) quanto o amor que leva ao perdão (cf. Lc 7,47).

Na casa do fariseu Simão, uma pecadora sem nome mostra que para se obter o perdão de Deus, basta amar. Esse amor manifesta-se em gestos que traduzem o reconhecimento de Jesus como o enviado de Deus para resgatar os que a sociedade condena como perdidos. Ao chorar, lavar os pés de Jesus com as lágrimas e ungi-los com perfume, a pecadora manifesta grande amor. Mais que a admissão de seu pecado, seus gestos mostram arrependimento e desejo de ser restaurada no amor de Cristo que a todos salva.

Arrependimento “é mais que abatimento moral, mais do que angústia, desgosto, remorso, sensação de haver cometido uma ação infame. Arrependimento significa consciência de haver profanado o amor de Deus” (Missal Cotidiano). Sem isso, não há perdão e a conversão não será verdadeira. Como é nosso arrependimento quando reconhecemos nosso pecado? 

Após perdoar a pecadora, Jesus lhe diz: “Sua fé salvou você. Vá em paz” (Lc 7,50). Eis a raiz de todo o processo do amor que leva ao perdão e à paz: a fé. Ela é a fonte da vida nova e da salvação que buscamos. 

Qual sua experiência de perdão de Deus? Como nos colocamos diante dos que buscam o perdão de Deus? Quais são nossos gestos que revelam arrependimento e desejo de conversão?

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