A Palavra se faz vida

Consequências do testemunho

Mt 17,10-13

Por Pe. Geraldo Martins 

Logo após a transfiguração, ao descerem da montanha, os discípulos que acompanhavam Jesus, ao que tudo indica, reconheceram-no como Messias, por isso lhe fazem esta pergunta acerca da vinda de Elias – “Por que os mestres da Lei dizem que Elias deve vir primeiro?”. O profeta Malaquias é quem afirmara isso: “Eis que vos enviarei Elias, o profeta, antes do dia do Senhor” (Ml 3,23).

Jesus responde apontando para João Batista como aquele que cumpriu a missão de Elias, mas não foi reconhecido pelo povo. Uma referência à morte violenta do profeta (cf. Mt 14,1-12). E acrescenta que com Ele não será diferente – “assim também o Filho do Homem será maltratado por eles” (Mt 17,12).

Sofrimento e morte parece ser a sina dos grandes profetas. Ao invés do povo ouvir sua voz, converter-se e mudar de vida, prefere eliminá-los, calando a voz dos que incomodam sua consciência. Hoje, há muitas maneiras de fazer isso como, por exemplo, ficando indiferente aos apelos de conversão, resistindo à profecia diante de tantas situações de dor e morte, fechando-se aos apelos do Evangelho para a partilha, o perdão, o amor e a paz.

Como discípulos e discípulas de Jesus, cabe-nos a missão de anunciá-lo aos irmãos e irmãs. Se o fizermos com a fidelidade e radicalidade que o Evangelho exige, corremos o mesmo risco da perseguição e da rejeição. Devemos, portanto, nos preparar para isso e assumir com coragem e determinação esta nossa missão. O Natal que se aproxima espera isso de nós.

Senhor, faz-nos anunciadores e testemunhas de teu Filho Jesus. Dá-nos a força e a coragem dos profetas a fim jamais desistirmos da missão que teu Filho nos confiou. Amém!