A Palavra se faz vida

Anunciar o Salvador

Lc 2,36-40

Por Pe. Geraldo Martins

A força do testemunho da profetisa Ana vem de sua condição de mulher, viúva e idosa que, “dia e noite, servia a Deus com jejuns e orações no Templo” (cf. Lc 2,37). Como Simeão, ela também reconhece Jesus como Luz e Salvação da humanidade. Como missionária, tão logo reconheceu o Messias libertador, começou a falar dele para “todos que esperavam a libertação de Israel” (Lc 2,38).

Sua atitude aponta o caminho de quem encontra Jesus: anunciá-lo aos demais a fim de que também eles tenham a alegria de ver o Salvador.  Esta é a nossa tarefa, sobretudo, quando nos damos conta de que, no mundo, ainda é grande o número dos que não conhecem a Jesus. Não bastasse isso, há também um número incontável de quem, já tendo se tornado cristão, vivem como se desconhecessem Jesus.

Ao falar de Jesus a todos, Ana faz-me lembrar das palavras de Francisco na Evangelii Gaudium: “Os cristãos têm o dever de anunciar o Evangelho, sem excluir ninguém, e não como quem impõe uma nova obrigação, mas como quem partilha uma alegria, indica um horizonte estupendo, oferece um banquete apetecível” (EG, 14). Como temos cumprido esse nosso dever?

Ana é também modelo para os idosos e idosas cuja tarefa de evangelizar nunca cessa como recorda o papa Francisco em sua mensagem para o Dia Mundial dos Avós e Idosos: “a nossa vocação é salvaguardar as raízes, transmitir a fé aos jovens e cuidar dos pequeninos. Atenção! Qual é a nossa vocação hoje, na nossa idade? Salvaguardar as raízes, transmitir a fé aos jovens e cuidar dos pequeninos. Não vos esqueçais disto”.

Senhor, vem ao nosso encontro e enche nosso coração com o mesmo espírito que impulsionou a profetisa Ana a anunciar, na alegria, a chegada do redentor. Faz-nos proclamadores de tua libertação. Amém!